DECISÃO DO STF SOBRE IMPEACHMENT É ‘RENASCIMENTO’ DO GOVERNO, DIZ MINISTRO.
O ministro Jaques
Wagner (Casa Civil) afirmou na manhã desta terça-feira (22) que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de dar ao Senado a palavra final
sobre o impeachment e revogar a comissão criada pela Câmara é “o renascimento
do governo Dilma”. Para Wagner, a presidente sai de “um governo perseguido para
um governo que ganha certa liberdade para atuar”.
“O STF, como poder mediador, (que poder medidor ou do PT. O povo pensava ser a Corte Suprema, órgão julgador) deu a dimensão necessária
à magnitude do impeachment. No presidencialismo, o impeachment de um presidente
é quase uma pena de morte para o cidadão comum, ainda mais se ocorre sem um
rito que não respeita isso”, afirmou, em conversa com jornalistas, no Palácio do
Planalto.
Segundo Wagner, o instrumento impeachment não é
“golpe”, sobretudo se for aprovado pelas duas Casas, a Câmara e o Senado.
Disse, no entanto, que ele não pode ser banalizado. Na avaliação do ministro, o
processo aberto pela Câmara no mês passado contra a presidente Dilma não
evoluirá na volta do recesso parlamentar, em fevereiro.
“O impeachment,
em si, não é golpismo. O que pode ser golpe é banalizá-lo e o que o STF fez foi
valorizá-lo para a democracia brasileira. Não é golpe se as duas casas
acolherem. Agora, pessoalmente acho que no caso da Dilma criou-se a bandeira
para depois se buscar uma razão.
Diga-se o que quiser da presidente, mas não se
dirá que é dolosa no trato da coisa pública, não cola nela”, disse o chefe da
Casa Civil. <(RRRSS)
O ministro afirmou que a mudança na equipe econômica
foi boa para o país e para o governo. Na sua avaliação, a economia é movida por
“previsibilidade e confiança”: “Tendo uma nuvem cinzenta de instabilidade: vai
ficar ou vai sair? Com relação ao ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy. É um
fator desagregador. Como um agente estrangeiro vai vir investir se não sabe que
quem está no comando da política econômica ou se ele vai se manter? Acho que é
danoso o que estava ocorrendo”.
Wagner pediu um voto de confiança da sociedade, do mercado e das empresas ao novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Disse que a nova equipe econômica é “mais harmônica” e que Barbosa não fará “nenhuma loucura”.
“Se eu pudesse pedir algo, é que não sentenciassem
antes que o cara trabalhasse. No Brasil, temos que ter certa psicologia.
Ninguém no governo é suicida. Tem que ter um pouco de aposta, de ajuda, de
querer que dê certo. Nelson não vai fazer nenhuma loucura, é um cara
equilibrado”, disse Wagner.
Fonte: G1 – DF.
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