Teori Zavascki acolheu o pedido da defesa do senador do PT.
Petista está preso desde 25 de novembro na superintendência da PF.

Delcídio está preso desde 25 de
novembro, acusado de tentar atrapalhar as investigações da
Operação Lava Jato. O parlamentar, que está com a filiação
partidária suspensa pelo PT, cumpre prisão preventiva, sem prazo para acabar.
O pedido de transferência foi formalizado pela defesa
de Delcídio. Em parecer encaminhado ao Supremo, a PGR concordou com mudança
para o quartel da PM. Neste sábado (12), a Polícia Militar do Distrito Federal
informou que o processo de transferência do senador ainda está no início do
trâmite administrativo e só deve ocorrer na segunda (14).
A Polícia Federal informou,
também neste sábado, que foi notificada oficialmente da decisão do STF, que
determina o Batalhão de Policiamento de Trânsito como local para receber o
parlamentar. O Comando Geral da Polícia Militar do DF, no entanto, não foi
notificado oficialmente. Segundo a TV Globo apurou, a PF e a PM consideram que
o local não é apropriado e avaliam uma alternativa.
Na superintendência da PF, o petista estava em uma
sala administrativa que, geralmente, é utilizada por servidores de plantão, e
não possui cama nem banheiro. A PF improvisou um colchão de solteiro para ele
dormir.
Na sede da PF em Brasília, ele recebia a mesma
alimentação que é oferecida aos demais presos da carceragem de passagem.
Conforme a PF, ele não tinha acesso a celular, televisão e internet.
Delcídio foi denunciado
pela Procuradoria Geral da República (PGR) na última segunda-feira (7). A PGR o
acusa de impedir e embaraçar a investigação de infrações penais que envolvem
organização criminosa (com pena de 3 a 8 anos) e patrocínio infiel (6 meses a 3
anos), que é quando o advogado trai o interesse de seu cliente. O senador
também é acusado de exploração de prestígio (com penas de 1 a 5 anos).
Caberá agora à Segunda Turma do STF aceitar ou
rejeitar a denúncia. O colegiado é composto pelos ministros Teori Zavascki (relator da
Lava Jato na Corte), Gilmar Mendes, Celso de Mello, Cármen Lúcia e Dias
Toffoli. Se a denúncia for aceita, os acusados passam a ser considerados réus
num processo penal.
Novo
advogado.
Delcídio do Amaral abriu uma nova frente de defesa na
Operação Lava Jato e contratou um
advogado especialista em delações premiadas: Antônio Figueiredo Basto. O
criminalista irá atuar na defesa do parlamentar ao lado do advogado Mauricio
Leite.
Basto ficou nacionalmente conhecido após fechar
delações relevantes para as investigações na Lava Jato, entre as quais a do doleiro
Alberto
Youssef e a do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa.
Advogados da Lava Jato entendem que a negociação com a
nova defesa sinaliza que Delcídio está disposto a fechar delação premiada –
contar o que sabe em troca de redução de pena.
As tratativas com a Procuradoria Geral da República ainda não começaram, mas a defesa avalia que uma delação ainda não está descartada, já que a família de Delcídio o pressiona bastante para entregar o que sabe e tentar sair da cadeia.
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