segunda-feira, 5 de outubro de 2015

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO DE 2015

COMENTÁRIO­.
Scarcela Jorge.

CENÁRIO DA CORRUPÇÃO.

Nobres:
Os efeitos da corrupção em “comunhão” com a crise econômica potencializam a crise política e aumenta a descrença dos cidadãos nos seus representantes, levando algumas pessoas a formularem generalizações insensatas ("todos os políticos são corruptos") e até a defenderem soluções antidemocráticas ("Forças Armadas no poder"). Essas manifestações são compreensíveis no atual momento do país e até legítimas, se considerarmos que vivemos numa democracia e desfrutamos ampla liberdade de expressão. Mas podem e devem ser questionadas no contexto de um debate saudável sobre os rumos do país. Nós brasileiros optaram inequivocamente pela democracia, pelo sistema presidencialista e pela representatividade parlamentar. Se um ou mais desses preceitos estão sendo desvirtuados, cabe corrigi-los e não substituí-los por alternativas simplistas que já foram tentadas antes e só trouxeram danos para a nação. É real os problemas visíveis principalmente praticados por marginais políticos nas ações corruptas. O chamado presidencialismo de coalizão, como está sendo praticado no país, é uma deformação condenável. Não se pode aceitar como normais e morais o loteamento desenfreado da administração pública, a troca de cargos por apoio político, a entrega de ministérios para pessoas despreparadas e o acumpliciamento de homens públicos com a corrupção, misturando o Estado e o privado. Essa evidente deformação, somada a mazelas históricas como altíssimos salários, uso particular de patrimônio público e gastos indevidos, fazem com que o cidadão se sinta traído pelos políticos que elegeu para representá-lo e também com que o contribuinte se sinta extorquido pelo poder público. Mas política não é só isso. Essa atividade também é exercida por homens e mulheres decentes, comprometidos com o interesse público e com o desenvolvimento do país. E a democracia representativa ainda é o melhor sistema de proteção dos direitos dos cidadãos que se conhece, pois permite que fiscalizem seus representantes, garante-lhes liberdade de expressão e de manifestação e assegura o funcionamento pleno de instituições criadas para promover o bem comum, mesmo que em sentido generalizado políticos, que seja dos municípios dos “grandes e notadamente os pequenos”, onde esses “senhores” ostentam um passado nada recomendável que vão desde a prática política e currículos nada comum para o exercício próprio de cidadania. Conceituando novas perspectivas que certamente virão ao longo naturais, antes de tudo, ao fazer o bom uso dessas prerrogativas em vez de nos deixarmos abater pelo derrotismo, estaremos contribuindo efetivamente para a construção de um país mais digno e mais reto.
Antônio Scarcela Jorge.

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