COMENTÁRIO
Scarcela JorgeLEILÃO DO IMPEACHMENT.
Nobres:
É infame, o que está se vendo neste (dês) governo
primar como atalho à mentira dissertava de Dilma e Lula para tentar convencer
em grau maior o desacerto e a corrupção infectada no governo atual. Reiteramos serem
inaceitáveis os acordos em articulação no Congresso em torno da figura do
presidente da Câmara. Um dos movimentos envolveria aliados do governo, que
participam do esforço para evitar a cassação do mandato do deputado, suspeito
de mentir a seus pares sobre depósitos secretos na Suíça. Em troca, o senhor
Eduardo Cunha desistiria da idéia de aceitar um dos pedidos de abertura de
processo de impeachment contra a presidente da República. Ao mesmo tempo, em
manobras nas sombras, oposicionistas cortejam o parlamentar, com o objetivo de
conseguir sua adesão ao plano de desencadear o processo de impedimento. Não são
iniciativas que possam ser consideradas eticamente sustentáveis. O presidente
da Câmara é um político fragilizado pelo fato de que está sob investigação,
como suspeito de envolvimento na Lava-Jato, e pelas recentes informações de
autoridades da Suíça de que detém, comprovadamente, contas sigilosas com pelo
menos US$ 2,4 milhões. Nessas circunstâncias, é inconcebível que ainda se sinta
no direito de continuar comandando a segunda casa legislativa do país. E, o
mais grave, que seja paparicado por governistas e oposicionistas, como o homem
capaz de definir o destino da presidente da República. A crise que preocupa a
todos não pode ser amplificada por posturas que desmoralizam ainda mais seus
próprios protagonistas. As articulações depreciam o parlamento, não contribuem
para a resolução dos conflitos e ampliam a desconfiança da sociedade. A
população espera que tais negociatas não prosperem e que, em último caso, o
Supremo se encarregue de arbitrar o desfecho legal para conchavos que desonram
a política.
Antônio
Scarcela Jorge.
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