COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
Nobres:
Dizer que o Brasil é uma nação em desenvolvimento
entre todos os aspectos torna-se colidente em afirmar que seja de primeiro ou
de terceiro mundo. É um país similar entre acobertar ações corruptas, que nesta
hora abriga a triste liderança em termos de corrupção e o mau político. Entre o
cotidiano de desacertos que estimula a roubalheira, vários mecanismos se
apresentam através do bando aliado a “força” de governo, legalmente e
contraditoriamente constituído por um dos poderes da república (legislativo) no
sentido de apresentar o vergonhoso relatório apresentado pelo relator da CPI da
Petrobras, que ataca delatores da Operação Lava-Jato e isenta políticos de
participação no esquema de subtração da estatal, a investigação parlamentar de
oito meses trouxe um benefício para o país. Foi devido a sua existência que um
dos investigados, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que se apresentou
espontaneamente para depor, cometeu um deslize que poderá custar-lhe o mandato:
mentiu a seus pares, dizendo que não possuía contas no Exterior. Desmascarado
pelo Ministério Público com base em documentação obtida na Suíça, ele terá que
enfrentar o Conselho de Ética. Mas a armadilha que apanhou Cunha não foi
preparada pelos integrantes da comissão. Pelo contrário, a preocupação
evidenciada pelo relatório do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) foi livrar 62
políticos, além da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, de
qualquer responsabilidade pelos desvios de recursos da Petrobras. O relator
ainda fez questão de criticar "o excesso de delações premiadas" das
investigações conduzidas pelo juiz Sergio Moro e pelo Ministério Público, numa
constrangedora tentativa de abafar o escândalo. Embora o texto ainda tenha que
ser aprovado pelos demais integrantes da comissão e deputados oposicionistas já
tenham anunciado que apresentarão voto separado por não concordarem com as conclusões
do relator, fica a impressão de inutilidade de um trabalho que consumiu quase
um ano, inquiriu 132 pessoas e consumiu recursos públicos expressivos,
incluindo a viagem de um grupo de parlamentares a Londres para tomar o
depoimento de uma testemunha. Não fosse pelo tropeço de Cunha, teria sido
totalmente improfícuo.
Antônio
Scarcela Jorge.
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