domingo, 11 de outubro de 2015

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

ISONOMIA ASSENTADA NA DÚVIDA.

Nobres:
Entre a recomendação do Tribunal de Contas da União para que o Congresso reprove as contas do último ano do primeiro mandato da presidente e o possível impeachment da senhora Dilma Rousseff há uma influência incomum, abarrotada de obstáculos jurídicos, políticos e de dúvidas constitucionais. São prazos regimentais tão longos e questões legais tão duvidosas, que o mais provável é a indefinição poderá ocorrer até o final do mandato, conforme a vontade da linha corporativista e corrupta que assola os atuais Congressistas. Além das controvérsias jurídicas e políticas provocadas pela deliberação do Tribunal, o país passou a dispor de uma lição válida não só para o governo federal, mas para todos os administradores estaduais e municipais. A Lei de Responsabilidade Fiscal, que o setor público ainda teima em desprezar, tem de ser respeitada. O TCU fez valer, a partir de avaliações técnicas, o cumprimento de normas e parâmetros que não podem servir apenas para o prefeito de uma pequena cidade. Os preceitos orientadores da moralidade na administração devem ser respeitados por todos os setores da área federal. Não era o que vinha acontecendo há muito tempo e, pelo que informa o Tribunal, agravou-se nas contas do ano passado, com a movimentação de valores elevados. União, Estados e municípios, sustentados por máquinas administrativas ineficientes e propensas à corrupção, terão de se submeter, sem exceções, às leis e à austeridade, sob pena de enfrentarem as penalidades daí decorrentes. Se a lei como deveria ser é para todos, tem que aplicar não somente para os prefeitos e sim para o presidente da República em se tratando de evidencia da corrupção.
Antônio Scarcela Jorge.

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