OPOSIÇÃO DIZ QUE FALA DE DILMA FOI 'DESCABIDA' E 'INFUNDADA'.
Em discurso, presidente acusou oposicionistas de tentarem 'terceiro turno'.
Para Álvaro Dias (PSDB), Dilma tenta inverter o foco do debate.
A oposição reagiu nesta quarta-feira (14) a discurso que
a presidente Dilma Rousseff fez na noite da terça. Na
ocasião, ela disse que a oposição tenta chegar ao poder por meio de
"golpe" e busca "construir de forma artificial o impedimento de
um governo eleito". Para líderes oposicionistas, as declarações foram
"descabidas" e "infundadas".
Dilma fez as declarações ao discursar na abertura do
12º Congresso da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo. Na
ocasião, ela também fez um questionamento: "Quem tem força moral,
reputação ilibada e biografia limpa para atacar minha honra? Quem?"
Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), Dilma não
deveria discutir moralidade, e sim soluções para as dificuldades pelas quais
passa o país.
"Não cabe à Presidência da República discutir
moralidade. Cabe à Presidência da República adotar providências para que a
administração dos problemas existentes no país possa minimizar o drama vivido
pela população neste momento. A declaração da presidente Dilma é descabida.
Essa discussão inverte prioridades e tenta retirar o foco daquilo que é
essencial para o país", disse o senador, ao ser questionado por
jornalistas no Senado sobre o discurso de Dilma.
O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho
(PE), afirmou que a crítica da presidente é "infundada". Ele disse
que o pedido de impeachment patrocinado pela oposição e que aguarda análise do
presidente da Câmara foi baseado em análise técnica do Tribunal de Contas da
União. O pedido foi elaborado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr.
“A crítica da presidente Dilma é absolutamente
infundada, até porque quem apresentou três pedidos de impeachment pra três
outros presidentes foi o partido dos trabalhadores. E nos dois casos do ex-
presidente Itamar e do ex-presidente Fernando Henrique, sem nenhuma
fundamentação. A argumentação apresentada pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel
Reale estão baseadas em decisão técnica do órgão que avalia as contas públicas,
tendo como o foco principal as chamadas pedaladas”, afirmou o líder do DEM.
O presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta manhã a jornalistas que não tem
“condições de fazer comentário” sobre a fala de Dilma porque não sabe “a quem
ela queria se referir”.
“Eu não tenho condições de fazer comentário, eu não
sei a quem ela queria se referir. Eu não tenho essa condição de fazer
[comentário sobre] de quem não está nominado. Então, é difícil comentar”,
declarou o presidente da Casa.
O G1 procurou a assessoria de
imprensa da Presidência da República, que disse que não haverá manifestação
oficial sobre as declarações dos oposicionistas.
Fonte: G1 – DF.
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