PANORAMA POLÍTICO DO PAÍS.
COMPRA
DE DEPUTADOS - OS 300 DE DILMA.
O exército petista comandado por
Lula, Ricardo Berzoini e Jaques Wagner comemora a adesão de 300 ‘deputados
fiéis’ ao Planalto.
Numa ofensiva estratégica nas últimas semanas, com
prazo para vencer amanhã, o exército petista comandado por Lula, Ricardo
Berzoini (Governo) e Jaques Wagner (Casa Civil) comemora a adesão de 300
‘deputados fiéis’ ao Planalto. O contingente foi à meta imposta pelo trio não
apenas para enterrar em plenário um eventual processo de impeachment da
presidente Dilma. É crucial para fazer o segundo mandato dela avançar a partir
de agora, com uma governabilidade para valer, analisa um palaciano.
O preço.
Depois da reforma ministerial, as armas usadas para
conquistar os votos de deputados neutros e até adversários foram liberação de
emendas e cargos federais nos estados.
Dilma
venceu?
Um aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, diz:
se ele enterrar o pedido de impeachment do PSDB, é porque já sabe que não terá
os votos para derrubá-la.
No
cantinho.
Cunha e o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, têm
conversado, sim, diretamente, naquela que pode ser a última tentativa de paz
entre o deputado e Dilma.
Um dos expoentes do PSB anos atrás, Roberto Amaral,
ex-ministro da Ciência e Tecnologia de Lula e hoje governista, foi abandonado
pelo partido. Ninguém da cúpula do PSB apareceu no lançamento de um livro seu
na noite de terça em Brasília. O ministro Rosseto (Trabalho e Previdência) e o
deputado Chinaglia prestigiaram.
Compensação.
O gelo socialista é o preço pago por Amaral por
contrariar a decisão de oposição ao Governo, decidido pelo PSB. O ex-ministro
ganhou de Dilma um excelente cargo como conselheiro da usina binacional Itaipu.
Na moita.
O ativista de direita Kim Kataguiri apareceu quieto na
Câmara ontem. Na véspera, empurrara para o diretor jurídico do seu movimento a
missão de surgir na CPI dos Crimes Cibernéticos, para confronto com deputado
Wyllys (PSOL), seu alvo nas redes.
UFC
Cinegrafistas.
Não bastasse o clima tenso entre políticos, os
jornalistas entraram na onda. Dois cinegrafistas, do SBT e da Record, saíram no
braço no Salão Verde.
Quem diria!
A deputada comunista Jô Morais (MG) destinou R$ 10
milhões de suas emendas para ações sigilosas da Marinha. Em tempo, o ministro
Aldo Rebelo (Defesa) é do PCdoB.
Enganando
o cidadão.
A passos lentos, como o Planalto quer para não
provocar choradeira, andam os novos ministérios. Demissão de comissionados
estão previstas só para janeiro. Até lá, circulam nos gabinetes só estudos de
cortes e fusões das secretarias e departamentos.
Cadeado no
cofre.
Vice-presidente da Comissão de Educação, a senadora
Fátima Bezerra (PT-RN) proporá mudanças no repasse do Fundo de Educação Básica.
É o Fundeb o antro de corrupção de verba federal nos municípios. Ela encerra
hoje debate em audiência pública. Vale lembrar, a ‘prefeita ostentação’ de Bom
Jardim (MA) foi presa por farra com o Fundeb.
Quanto
devemos!
Silvia Felismino, a presidente do SindiReceita, dos
analistas tributários, revelou: apenas no mês passado cresceu R$ 8,7 bilhões a
soma de impostos devidos por brasileiros. O total acumulado é de R$ 1,5
trilhão.
Mais um.
O PP vai engrossar a bancada no Senado. Hélio José
(PSD-DF), suplente de Rodrigo Rollemberg — eleito governador –, vai se filiar
em breve.
Que é
isso, doutor!?
Do ex-governador Anthony Garotinho, ex-aliado e hoje
adversário figadal do presidente da Câmara, num restaurante do Anexo IV:
‘Pimenta no Cunha dos outros é refresco’.
Ponto
Final.
“Tenho muito receio das conseqüências do instituto da
reeleição no Brasil”.
Do ex-presidente FHC, na autobiografia ‘Diários da
Presidência’ que será lançada no final do mês.
*Com Equipe DF, SP e Nordeste.
Fonte: Coluna Esplanada – DF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário