COMENTÁRIO
Scarcela JorgeIMPERA A CHANTAGEM DO GOVERNO.
Nobres:
No Brasil é padrão tratar-se de “venda do erário” as
negociatas que empreendeu o Vice-presidente da República Michel Temer e Eduardo
Cunha, convidado a visitar no Palácio Jaburu, uma espécie de residência para
tratar de ações escusas, principalmente a troca de “favores” visando a
manutenção dos dois (Dilma e Cunha) nos respectivos poderes. De princípio em
países que impera a ética na política os três estariam presos. Na questão
explícita do rumoroso episódio que estarrece a quem tem vergonha, direcionado
aos documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça à Procuradoria-Geral
da República não deixam dúvida de que o presidente da Câmara e segundo nome na sucessão
presidencial, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tinha mesmo contas na Europa ao
contrário do que afirmou a seus pares na Comissão Parlamentar de Inquérito da
Petrobras. Pior: os arquivos encaminhados aos investigadores brasileiros, com
assinatura, cópia do passaporte e dados pessoais do parlamentar, comprovam
também que os depósitos decorrem de um negócio feito pela Petrobras em Benin,
na África, em 2011. Na denúncia encaminhada ao Supremo, a PGR indica que Cunha
recebeu US$ 5 milhões por meio de empresas sediadas no Exterior e de fachada em
um contrato de navios-sonda da Petrobras. Independentemente da investigação
judicial, que certamente incluirá o amplo direito de defesa do deputado peemedebista,
deve ganhar celeridade agora a representação apresentada pelo PSOL (mérito e ou
“dês” mérito a parte) uma espécie de sublegenda e ou partido de aluguel de
exclusividade ao PT, que não entra nessa, e por qualquer ação desse partido do
governo cheia a corrupção que virou emblemática no país, ao Conselho de Ética
da Câmara, pedindo a cassação do parlamentar por quebra de decoro. Cunha
afirmou reiteradamente que não tinha contas no Exterior. Manter contas fora do
país não é crime, desde que os valores sejam devidamente declarados às
autoridades fiscais. Mas Eduardo Cunha optou simplesmente por negar a
existência dos depósitos, o que configura quebra de decoro por mentir. Não há
como entender de outra forma. Os documentos divulgados ontem comprometem a sua
explicação e a sua permanência no comando da casa legislativa mais
representativa da cidadania. Mesmo assim, toda ação política dos “alugados” do
governo caracteriza a falta de credibilidade política.
Antônio
Scarcela Jorge.
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