segunda-feira, 19 de outubro de 2015

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 19 DE OUTUBRO DE 2015

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

IMPERA A CHANTAGEM DO GOVERNO.

Nobres:
No Brasil é padrão tratar-se de “venda do erário” as negociatas que empreendeu o Vice-presidente da República Michel Temer e Eduardo Cunha, convidado a visitar no Palácio Jaburu, uma espécie de residência para tratar de ações escusas, principalmente a troca de “favores” visando a manutenção dos dois (Dilma e Cunha) nos respectivos poderes. De princípio em países que impera a ética na política os três estariam presos. Na questão explícita do rumoroso episódio que estarrece a quem tem vergonha, direcionado aos documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça à Procuradoria-Geral da República não deixam dúvida de que o presidente da Câmara e segundo nome na sucessão presidencial, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tinha mesmo contas na Europa ao contrário do que afirmou a seus pares na Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras. Pior: os arquivos encaminhados aos investigadores brasileiros, com assinatura, cópia do passaporte e dados pessoais do parlamentar, comprovam também que os depósitos decorrem de um negócio feito pela Petrobras em Benin, na África, em 2011. Na denúncia encaminhada ao Supremo, a PGR indica que Cunha recebeu US$ 5 milhões por meio de empresas sediadas no Exterior e de fachada em um contrato de navios-sonda da Petrobras. Independentemente da investigação judicial, que certamente incluirá o amplo direito de defesa do deputado peemedebista, deve ganhar celeridade agora a representação apresentada pelo PSOL (mérito e ou “dês” mérito a parte) uma espécie de sublegenda e ou partido de aluguel de exclusividade ao PT, que não entra nessa, e por qualquer ação desse partido do governo cheia a corrupção que virou emblemática no país, ao Conselho de Ética da Câmara, pedindo a cassação do parlamentar por quebra de decoro. Cunha afirmou reiteradamente que não tinha contas no Exterior. Manter contas fora do país não é crime, desde que os valores sejam devidamente declarados às autoridades fiscais. Mas Eduardo Cunha optou simplesmente por negar a existência dos depósitos, o que configura quebra de decoro por mentir. Não há como entender de outra forma. Os documentos divulgados ontem comprometem a sua explicação e a sua permanência no comando da casa legislativa mais representativa da cidadania. Mesmo assim, toda ação política dos “alugados” do governo caracteriza a falta de credibilidade política.
Antônio Scarcela Jorge.

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