A PEDIDO DO RELATOR, CCJ PROPÕE MAIS R$ 600 MI AO FUNDO PARTIDÁRIO EM 2016.
Fundo é repassado pela União para todos partidos registrados na Justiça.
Comissão da Câmara apresentou emenda à proposta de Orçamento. Emenda apresentada pela CCJ da Câmara ao Orçamento de 2016 propondo aumento de R$ 600 milhões na verba reservada ao fundo partidário.
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ)
apresentou uma emenda à proposta de Orçamento da União para 2016 em que propõe
um aumento de R$ 600 milhões na verba prevista para o fundo partidário no ano
que vem. Na peça orçamentária enviada ao Congresso Nacional, o
governo federal propôs o repasse de R$ 311 milhões para financiar os partidos
políticos. Se a emenda da CCJ da Câmara for aprovada, serão distribuídos no ano
que vem R$ 911 milhões entre as agremiações partidárias.
A proposta orçamentária de 2016 está sob análise da
Comissão Mista de Orçamento, que reúne deputados e senadores. Se a emenda do
fundo partidário for aprovada pelos congressistas, a presidente Dilma Rousseff
terá de decidir se sanciona ou veta o texto.
O fundo partidário é um repasse da União para as
legendas políticas. De acordo com as regras eleitorais, 5% do total são
distribuídos, em partes iguais, a todos os partidos que tenham seus estatutos
registrados no Tribunal Superior Eleitoral. Os outros 95% do bolo são
distribuídos às siglas na proporção dos votos obtidos na última eleição geral
para a Câmara dos
Deputados.
De acordo com a assessoria do deputado Ricardo Barros
(PP-PR), relator do Orçamento de 2016, a CCJ apresentou a emenda a partir de um
pedido do próprio Barros e de líderes partidários na Câmara.
A equipe do relator alegou que lideranças partidárias
procuraram Barros para solicitar a manutenção, no Orçamento de 2016, do mesmo
valor que havia sido aprovado para o fundo partidário na peça orçamentária
deste ano: R$ 867,5
milhões. O valor proposto pela CCJ, no entanto, ultrapassa em
cerca de R$ 44 milhões a verba reservada aos partidos em 2015.
A proposta de aumento do fundo partidário vai contra a
intenção do governo de cortar gastos para evitar um rombo no Orçamento de 2016.
Inicialmente, o projeto enviado pelo Palácio do Planalto previa déficit de R$
30 bilhões, mas a equipe econômica elaborou propostas para tentar aumentar
fontes de receita e cortar gastos. Entre essas propostas está a volta da CPMF,
que ainda precisa ser aprovada na Câmara e no Senado.
O próprio deputado Ricardo Barros chegou a
sugerir, para equilibrar as contas, corte de R$
10 bilhões no orçamento do ano que vem do programa Bolsa Família.
Fundo
partidário de 2015.
O Orçamento de 2015 também foi
alterado no Congresso para aumentar a verba destinada ao fundo partidário. No projeto
que havia enviado ao Legislativo no ano passado, o Executivo tinha proposto um
repasse de R$ 289 milhões ao fundo dos partidos políticos.
No entanto, em meio à tramitação do projeto, o relator
do texto, senador Romero Jucá (PMDB-RR),
propôs por meio de uma emenda que a verba fosse triplicada para amenizar a
queda na arrecadação dos partidos com doações de empresas privadas,
especialmente depois que a Operação Lava Jato apontou que parte do dinheiro
repassado às legendas supostamente foi desviado da Petrobras.
Fonte: G1 – DF.
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