COMENTÁRIO
Scarcela JorgeO OCASO DO GOVERNO.
Nobres:
A sociedade ética e sofredora das
conseqüências do atual governo corrupto de Dilma, que atende principalmente as
negociatas de grupos “potencialmente corruptos aliados e ou alugados no poder” naturalmente
os que apostam no impeachment de Dilma já se ocupam em avaliar humores, fazerem
cálculos e trocarem idéias a respeito daquele que seria o maior evento a marcar
o início do século XXI no Brasil. Não é todo dia que se derruba um presidente
da República com base na lei. Aqui, apenas um foi derrubado assim – Fernando
Collor. A força bruta derrubou os outros. Pelo bem, por meio da renúncia. Com
um único dígito de aprovação, largada pelo PT que a detesta e por Lula que
passou a rejeitá-la, Dilma pediria as contas. Não vale supor que uma
ex-guerrilheira seria incapaz de “bater em retirada”. Por que não? Ao concordar
em suceder Lula, Dilma se dispôs a servir a um projeto compartilhado por um
conjunto de forças de esquerdas que jamais haviam chegado ao poder. Provado
dele, sim, quando o presidente João Goulart substituiu Jânio Quadros. Desde
então estavam na maior fissura para desfrutar do poder novamente. Por isso
cavalgaram Lula. E por ele foram cavalgadas. A saída de Dilma por mal se daria
mediante iniciativa jurídica em algum dos fronts onde ela encara sérios
problemas. O Tribunal de Contas da União, por exemplo, rejeitou a prestação de
contas dela relativas ao ano passado e há elementos reincidentes no exercício
de 2015. O Tribunal Superior Eleitoral detectou o abuso do poder econômico para
se reeleger. Caberá ao Supremo Tribunal Federal julgar qualquer coisa que possa
envolvê-la na Operação Lava Jato. Quem disser que sabe o que irá acontecer está
mal informado, mas ninguém quer ser pego de surpresa. No Congresso, ruiu a base
de apoio ao governo. Cresce no entorno de Dilma o clima hostil ao ministro
Joaquim Levy, da Fazenda, o cérebro do ajuste fiscal. Por sabotado, Michel
Temer, o vice-presidente da República, flerta com o eventual abandono da função
de coordenador político do governo para assumir temporariamente (neste aspecto
na ordem constitucional; o Vice-presidente substitui, mas, não sucede). Temer, com a convocação de novas eleições
dentro de 90 dias. Nesse período, o presidente da Câmara dos Deputados, seja
ele quem for! Presidiria o país. Com a discrição que o caso requer, ministros
de tribunais superiores medem a temperatura entre seus colegas e avaliam as
pressões que sofrem. Uma pedra importante no tabuleiro do poder parece confusa.
Lula é o nome dela. Há cerca de dias, ele atirou forte em Dilma, no governo e
no PT, acusando-os de estarem abaixo do volume morto. Recuou quando soube que
Dilma poderia deixá-lo aos cuidados do juiz Sérgio Moro, mesmo realizando
manobras até que o tempo venha determinar, esperamos que fosse breve.
Antônio Scarcela Jorge.
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