PALHAÇADA DOS
POLÍTICOS – NO REINO DA BARGANHA – UMA COISA QUE DEVERIA SER SÉRIA – VAI PARA O
CAMPO DAS NEGOCIATAS - DILMA E CUNHA TRAVAM QUEDA DE BRAÇO HOJE.
Uma
batalha política começa hoje na Câmara com a análise do pedido de impeachment
de Dilma feito pela oposição.
Enfraquecido, Eduardo Cunha faz cálculos e acena
tanto à oposição quanto ao governo federal.
A Câmara dos Deputados terá dia tenso hoje, quando o
presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decide se arquiva ou aceita o
pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT). Elaborado pelos juristas Hélio
Bicudo e Miguel Reale Jr., o documento ampara as principais ações da oposição.
Nos últimos três dias, o núcleo duro do Governo se reuniu em caráter
emergencial para traçar uma estratégia de defesa contra o impedimento.
Ainda no fim de semana, Dilma abreviou viagem a Porto
Alegre para discutir o clima político, que se agravou com a divulgação de
detalhes das denúncias de que Eduardo Cunha movimentou dinheiro de propina em
contas na Suíça. Juristas convidados pelo PT já preparam pareceres para dar
sustentação à defesa de Dilma.
O PT teme que, acuado pela descoberta das contas
secretas e a gradual perda de apoio político, Cunha acate o pedido de
impeachment.
Integrantes da oposição que estiveram reunidos com o
peemedebista no último sábado confirmam que Cunha poderá aceitar o pedido de
Bicudo.
Caso o pedido de impeachment seja engavetado, porém,
dá-se início a um script previamente acertado: a oposição deve requerer o
desarquivamento, que seria votado em plenário. Os votos da maioria simples de
257 deputados são suficientes para levar o processo de afastamento adiante.
Se
Cunha deferir o pedido, “queimará” uma etapa desse acerto. A ideia inicial era
que o peemedebista rejeitasse todos os pedidos de impeachment protocolados na
Câmara, o que levaria a oposição a recorrer ao plenário e insistir no
requerimento de Bicudo. Neste caso, a fase seguinte seria a formação de
comissão especial, encarregada de emitir um parecer a ser enviado ao plenário.
Cassação.
Cunha
deve ser alvo de constrangimentos hoje, quando 30 deputados de sete partidos
prometem entrar com pedido de cassação de seu mandato no Conselho de Ética da
Câmara.
Os documentos da Procuradoria suíça atribuem a Cunha e
familiares quatro contas em um banco suíço.
As investigações apontam que dinheiro de propina paga
para viabilizar um negócio com a Petrobras na África em 2011 abasteceu essas
contas e pagaram despesas pessoais da família.
O peemedebista deve ser cobrado por gastos que
mostram, por exemplo, pagamento de faturas de dois cartões de crédito, no valor
total de US$ 842 mil nos últimos quatro anos. Também há gastos de US$ 59,7 mil
com academia de tênis na Flórida, de US$ 119,7 em uma instituição de estudos na
Espanha e US$ 8,4 mil a uma escola na Inglaterra.
Desdobramentos.
< alí)
A
recomendação dos técnicos da Câmara foi de que o presidente da Casa, Eduardo
Cunha, arquive o pedido de impeachment por falta de provas. Em geral, acatar a
recomendação é visto com bons olhos, e Cunha já tinha dito que seguiria o
conselho técnico. Só neste ano, ele já arquivou vários pedidos de deposição
alegando que estariam incompletos.
No
último sábado, deputados do PT e aliados, como o PC do B, anteciparam-se e
entraram com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir o possível desarquivamento
do pedido de impeachment. Eles consideram a estratégia uma manobra regimental.
Fonte: Agência Brasil.
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