sexta-feira, 30 de outubro de 2015

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2015

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

ESTABELECER O INTERESSE.

Nobres:
A definição genérica de que os descontentes com o governo fazem parte de um movimento considerado pela religião petista como sendo golpista não deveria transmitir altas autoridades, em especial a presidente da República, que na prática formalizou a ingovernabilidade. Por conseqüência em recente pronunciamento para uma platéia de aliados, Dilma afirmou e indagou-se, ao reconhecer a gravidade da crise política: "Eu me insurjo contra o golpismo e suas ações conspiratórias; disse a presidente! proclamando dentro do conceito próprio”. Mas este ponto teve endereço certo, o enrolado presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a quem caberá decidir se os pedidos de impeachment terão ou não andamento, a questão proposta pela presidente não vem reduzindo insatisfações e a articulações que a sociedade direciona para equacionar os graves problemas existentes nas ações paralelas em que ela apóia, entre as quais a complacência com a corrupção e a crise econômica vivenciada pelos brasileiros. A presidente Dilma até o presente momento não reconhece as próprias dificuldades e nem pode por força natural, identificar as origens de apelos em favor do impeachment. Por outro lado há é uma crescente insatisfação popular motivada por insegurança e a falta de perspectivas para a economia, crise política e, principalmente a alinho dos corruptos a quem ela defende com rigor. É por deveras insensato recorrer ao rótulo do golpismo, parece ser inventado pela presidente e alguns de seus cientistas petistas, mais aqueles de identidade ideológica voltado para o extremismo, um imperativo que campeia há séculos, voltado para América Latina. Por demais, este motivo não é suficiente para isentar a presidente de responsabilidade pela situação calamitosa em que o país se encontra. Não é a "oposição golpista" segunda a presidente, que está investigando irregularidades: são instituições responsáveis, como a Polícia Federal, o Ministério Público, o Tribunal de Contas da União e o Tribunal Superior Eleitoral. A presidente tem todo o direito de se defender, mas com argumentos concretos e não com os manjados chavões ideológicos. Se persistir desta forma, decisivamente o desfecho a se prever é só ponto de pouco tempo.

Antônio Scarcela Jorge.

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