ELISEU PADILHA (AVIAÇÃO CIVIL) INTEGRA A COORDENAÇÃO POLÍTICA DO GOVERNO.
Segundo Datafolha, 10% da população aprovam governo e 65%, desaprovam.
Integrante da coordenação política do governo, o
ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, avaliou nesta segunda-feira (22) que
a pesquisa Datafolha divulgada no último sábado (20) mostra que o governo
“bateu no fundo do poço”. O peemedebista, no entanto, ponderou que, na opinião
dele, agora a gestão da presidente Dilma Rousseff "começa a voltar".
“O governo, se formos observar todos os indicadores,
nós vamos ver que, na confiança com relação à economia, nós tivemos um pequeno
acréscimo, que na questão do combate à inflação teve um pequeno acréscimo. Se
bateu no fundo do poço e agora começa a voltar”, analisou Padilha.
“Se há uma expectativa que começa a melhorar em
relação a indicadores, por óbvio, isso não acontece por um milagre. Existe um
governo, existe a chefia de um governo que faz com que isso aconteça e que tem
que capitalizar este aspecto positivo”, acrescentou.
Na tentativa de recuperar a aprovação do governo,
Dilma iniciou neste mês a chamada “agenda positiva”, com o anúncio de novas
ações e lançamento de planos. Nesta segunda, por exemplo, a presidente lançou o
Plano Safra da Agricultura Familiar 2015-2016, que liberou R$ 28,9 bilhões aos
pequenos e médios produtores rurais. No evento, ela disse que determinou ao
ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, que elabore um novo plano
de reforma agrária, outra pauta para tentar recuperar a imagem do Executivo.
Neste mês, o governo também lançou o Plano de
Investimentos em Logística e o Plano Agrícola e Pecuário 2015-2016, ambos com
recursos bilionários. Ainda são esperados para as próximas semanas os anúncios
do Plano Nacional de Exportações e a terceira etapa do programa habitacional
Minha Casa, Minha Vida.
Ao comentar os números do Datafolha, o ministro da
Aviação Civil afirmou que o objetivo do governo era retomar a popularidade para
“ontem”. Segundo ele, é preciso que os índices positivos à presidente voltem a
ser registrados “no menor espaço de tempo possível”.
“O que nós queríamos era que fosse ontem, o que
pretendemos e vamos trabalhar é para que seja hoje, mas, no menor espaço de
tempo possível. Este é um processo lento e nós o conhecemos. Quando se tem o
clima que estamos convivendo hoje no Brasil, este não é processo onde há
radicalização e mudança. Esses processos caminham de forma lenta”, declarou.
Lava Jato.
Responsável pela elaboração das concessões do setor
aéreo, Eliseu Padilha afirmou nesta segunda-feira que, para ele, a 14ª fase da
Operação Lava Jato, deflagrada na semana passada, não criará “problemas” para o
pacote do governo federal. De acordo com o ministro da Aviação Civil, as
concessões ainda serão realizadas e o governo “caminha com absoluta
normalidade” em relação ao plano.
“Nós ainda não temos as concessões. As concessões
ainda vão acontecer. Então, não existe nenhum problema em relação à 14ª fase da
Lava Jato. Nós caminhamos com absoluta normalidade e queremos dar, inclusive,
passos mais largos a partir de agora”, disse o peemedebista.
Na última sexta (19), o ministro da Casa Civil,
Aloizio Mercadante, afirmou que as empresas investigadas na Operação Lava Jato
por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção que atuava na Petrobras
poderão concorrer às concessões anunciados pelo governo.
O chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir
Simão, também já havia dito que as empreiteiras não estão impedidas de disputar
as concessões e que elas só poderão vir a ser impedidas de assinarem contratos
com órgãos públicos se forem declaradas inidôneas ao final do processo
administrativo ao qual respondem no órgão.
Fonte: Agência O Globo.
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