O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou
nesta sexta-feira que tivesse agido para impedir que a CPI da Petrobras
convocasse pessoas que pudessem trazer informações sobre a suposta participação
do PMDB e de Cunha no esquema de corrupção da estatal.
Cunha relatou que abriu a ordem do dia no plenário
11h40, reclamou da falta de quórum e que, em seguida, as deputadas Jandira
Feghali (PC do B- RJ) e Moema Gramacho (PT-BA) fizeram apelo para que não se
votasse a cota parlamentar das mulheres porque o quórum estava baixo. Ele disse
que só faria isso com a concordância dos líderes, suspendeu a sessão por alguns
minutos e, com o acordo, reabriu os trabalhos. E acrescentou que, como tinha
que acabar a sessão às 14h, não poderia ficar "batendo papo" e
esperando a CPI.
Os jornalistas destacaram que o próprio deputado
Antonio Imbassahy (PSDB-BA) admitiu que houve uma sincronia, embora tenha
negado acordo com Cunha. "Eu não falo com o deputado Imbassahy faz tempo.
Se houve sincronia, foi de nado. Eu não estou fazendo nada. Meu movimento foi
público: abri a ordem do dia, interrompi por pedido das deputadas Moema Gramacho
e Jandira Feghali, que pediram reunião de líderes. Fiz a reunião rapidamente e
voltei e reabri a ordem do dia. E todas as duas vezes fiz questão de dizer que
parasse o trabalho das comissões, porque me falaram que tinha muita gente na
CCJ e ainda não tinham dado presença (no plenário da Casa). A minha posição é
transparente, mas se querem, a cada dia a buscar um motivo, um subterfúgio,
deve ser porque gostam muito de mim e querem me colocar todos os dias nas
páginas", afirmou.
Fonte: Agência Brasil.
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