COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
SUSTENTÁCULO
DA ANARQUIA.
Nobres:
Existem no Brasil milhões de
partidários do Lula em sua maioria, empresários e servidores públicos, neste
país de essência democrática, que eles apregoam por hipocrisia, aconselhamos! –
Se mudem para Cuba, para gozar das “benesses” de Fidel!!! - Neste contexto
vamos instar a solidariedade de
segmentos “desavergonhado ao governo absolutista do castrismo” que peninha! –
Sabemos que a solidariedade é um estado
de espírito que nos envolve com aflições alheias. Não é apenas condolência, mas
algo “sólido”, que nos leva a ajudar concretamente os demais. A palavra é muito
cara ao cristianismo, cuja doutrina a define como expressão social da caridade,
amor ao próximo em dimensão comunitária. Temos ouvido falar em “solidariedade a
Cuba”. Que significa isso, quando se manifesta em partidos políticos e atos de
apoio ao regime? Solidariedade só pode existir em relação a pessoas ou grupos
que sofrem como é o caso do povo daquele país. A ligação sentimental de alguém
ou de algum governo com a tirania que escraviza a ilha há 56 anos tem outro
nome e é bem feio. Define, aliás, o que vem fazendo a esquerda mundial, desde o
dia 2 de dezembro de 1961, quando Fidel decantou o verso da revolução e proclamou:
“Soy marxista-leninista!”. A partir de então, nunca lhe faltou “solidariedade”
para fuzilar milhares de seus conterrâneos, encarcerarem dezenas de milhares de
pessoas apenas por divergirem do governo, manter a população refém, sem
liberdade de opinião, sem espaço para oposição, sem Judiciário independente.
Convalidar isso é solidariedade? O regime cubano manda prender por qualquer
motivo sentencia a longas penas e, de modo medieval, persegue as famílias dos
que dele dissentem. Descaradamente, concede aos estrangeiros direitos e
liberdades que veda a seus próprios cidadãos! Durante décadas, foi “solidário”
com os soviéticos, a ponto de enviar milhares de jovens para morrer em
revoluções comunistas. Sim, leitor, Fidel, o falso paladino da autonomia, muito
se intrometeu em revoluções mundo afora, conforme exigisse a geopolítica da
URSS. Solidariedade que mereça a dignidade do termo deve convergir para os que
sofrem a repressão porque não se calam. E para os que não sofrem a repressão
porque se calam. Uns e outros merecem a solidariedade que não alcança as
masmorras de um regime que perdeu o senso moral. A mesma insólita afeição,
aliás, é tributada à ditadura comunista bolivariana e não revela qualquer
consideração pelas dificuldades que os venezuelanos enfrentam. O compadecimento
das pessoas de bem deve convergir para esse povo, em suas crescentes carências
e perda de direitos. Nunca para o fanfarrão Chávez e seu ainda mais ridículo
herdeiro. Solidariedade foi o que faltou às duas senhoras cujos maridos foram
presos por Maduro. Ambas vieram buscar ajuda da presidente Dilma, mas foram
recebidas pelo sub do sub, a quem transmitiram apelo que entrou por um ouvido e
saiu pelo outro. Logicamente não poderia ser de outra forma. “de pedalada e
pedalada - os puxas-sacos acham bonito”. Esses adeptos, elitistas, “hipócritas
e oportunistas” alguns sedentos para encontrar um novo abrigo partidário.
A indiferença como é tratada por segmentos da
sociedade brasileira a temas que não são levados efeitos é referencial para reforma
política, “a bem da verdade” ainda está sendo debatida no Congresso, mas o
corporativismo parlamentar ameaça impedir a correção da maior de todas as
distorções, que é a doação de empresas às campanhas eleitorais reconhecido como
a principal fonte de corrupção no país. Uma manobra liderada pelo presidente da
Câmara, Eduardo Cunha, na última quarta-feira, ressuscitou o financiamento privado
a partidos políticos, depois que as doações a candidatos e legendas haviam sido
barradas. A doação exclusiva às agremiações partidárias interessa ainda mais às
grandes siglas por favorecer as chamadas contribuições ocultas. Embora a
matéria dependa ainda de aprovação do Senado, que promete impor restrições nos
valores, condicionando-os ao faturamento das empresas doadoras, o princípio da
imoralidade tende a permanecer. Como reconhecem os próprios ministros do
Supremo que já se manifestaram favoráveis à proibição, as doações de pessoas
jurídicas afetam o equilíbrio dos pleitos e privilegiam o poder econômico sobre
o direito democrático dos cidadãos de elegerem seus representantes pelo voto
livre e espontâneo. Além disso, qual a empresa que vai dispensar recursos
generosos para uma campanha eleitoral sem esperar uma retribuição dos candidatos
beneficiados? O simples regramento de limites para as doações não resolve o
problema, pois inexistem mecanismos fiscalizadores eficientes para evitar o
chamado caixa 2, ou recursos não contabilizados como costumam chamar
tesoureiros flagrados em irregularidade. Neste contexto, o melhor para o país
seria que o STF e declarasse a inconstitucionalidade do financiamento privado
de campanhas, como pede a Ordem dos Advogados do Brasil. O desejável é que a
normatização de temas políticos seja feita pelo Legislativo, e não pelo
Judiciário, mas o atual parlamento não parece disposto a promover as reformas
que a sociedade exige, especialmente quando as mudanças afetam os interesses
dos detentores de mandatos. As articulações políticas pela manutenção do
financiamento privado para campanhas eleitorais evidenciam essa resistência
corporativista e aumentam o desencanto dos eleitores com seus representantes, e
se “esqueça” diante na negociata concluído no dia das eleições como de costume.
Antônio Scarcela Jorge.
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