terça-feira, 9 de junho de 2015

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - TERÇA-FEIRA, 09 DE JUNHO DE 2015

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge.

SUSTENTÁCULO DA ANARQUIA.

Nobres:
Existem no Brasil milhões de partidários do Lula em sua maioria, empresários e servidores públicos, neste país de essência democrática, que eles apregoam por hipocrisia, aconselhamos! – Se mudem para Cuba, para gozar das “benesses” de Fidel!!! - Neste contexto vamos instar a solidariedade de segmentos “desavergonhado ao governo absolutista do castrismo” que peninha! – Sabemos que a solidariedade  é um estado de espírito que nos envolve com aflições alheias. Não é apenas condolência, mas algo “sólido”, que nos leva a ajudar concretamente os demais. A palavra é muito cara ao cristianismo, cuja doutrina a define como expressão social da caridade, amor ao próximo em dimensão comunitária. Temos ouvido falar em “solidariedade a Cuba”. Que significa isso, quando se manifesta em partidos políticos e atos de apoio ao regime? Solidariedade só pode existir em relação a pessoas ou grupos que sofrem como é o caso do povo daquele país. A ligação sentimental de alguém ou de algum governo com a tirania que escraviza a ilha há 56 anos tem outro nome e é bem feio. Define, aliás, o que vem fazendo a esquerda mundial, desde o dia 2 de dezembro de 1961, quando Fidel decantou o verso da revolução e proclamou: “Soy marxista-leninista!”. A partir de então, nunca lhe faltou “solidariedade” para fuzilar milhares de seus conterrâneos, encarcerarem dezenas de milhares de pessoas apenas por divergirem do governo, manter a população refém, sem liberdade de opinião, sem espaço para oposição, sem Judiciário independente. Convalidar isso é solidariedade? O regime cubano manda prender por qualquer motivo sentencia a longas penas e, de modo medieval, persegue as famílias dos que dele dissentem. Descaradamente, concede aos estrangeiros direitos e liberdades que veda a seus próprios cidadãos! Durante décadas, foi “solidário” com os soviéticos, a ponto de enviar milhares de jovens para morrer em revoluções comunistas. Sim, leitor, Fidel, o falso paladino da autonomia, muito se intrometeu em revoluções mundo afora, conforme exigisse a geopolítica da URSS. Solidariedade que mereça a dignidade do termo deve convergir para os que sofrem a repressão porque não se calam. E para os que não sofrem a repressão porque se calam. Uns e outros merecem a solidariedade que não alcança as masmorras de um regime que perdeu o senso moral. A mesma insólita afeição, aliás, é tributada à ditadura comunista bolivariana e não revela qualquer consideração pelas dificuldades que os venezuelanos enfrentam. O compadecimento das pessoas de bem deve convergir para esse povo, em suas crescentes carências e perda de direitos. Nunca para o fanfarrão Chávez e seu ainda mais ridículo herdeiro. Solidariedade foi o que faltou às duas senhoras cujos maridos foram presos por Maduro. Ambas vieram buscar ajuda da presidente Dilma, mas foram recebidas pelo sub do sub, a quem transmitiram apelo que entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Logicamente não poderia ser de outra forma. “de pedalada e pedalada - os puxas-sacos acham bonito”. Esses adeptos, elitistas, “hipócritas e oportunistas” alguns sedentos para encontrar um novo abrigo partidário.

CORRUPÇÃO OFICIAL.

A indiferença como é tratada por segmentos da sociedade brasileira a temas que não são levados efeitos é referencial para reforma política, “a bem da verdade” ainda está sendo debatida no Congresso, mas o corporativismo parlamentar ameaça impedir a correção da maior de todas as distorções, que é a doação de empresas às campanhas eleitorais reconhecido como a principal fonte de corrupção no país. Uma manobra liderada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na última quarta-feira, ressuscitou o financiamento privado a partidos políticos, depois que as doações a candidatos e legendas haviam sido barradas. A doação exclusiva às agremiações partidárias interessa ainda mais às grandes siglas por favorecer as chamadas contribuições ocultas. Embora a matéria dependa ainda de aprovação do Senado, que promete impor restrições nos valores, condicionando-os ao faturamento das empresas doadoras, o princípio da imoralidade tende a permanecer. Como reconhecem os próprios ministros do Supremo que já se manifestaram favoráveis à proibição, as doações de pessoas jurídicas afetam o equilíbrio dos pleitos e privilegiam o poder econômico sobre o direito democrático dos cidadãos de elegerem seus representantes pelo voto livre e espontâneo. Além disso, qual a empresa que vai dispensar recursos generosos para uma campanha eleitoral sem esperar uma retribuição dos candidatos beneficiados? O simples regramento de limites para as doações não resolve o problema, pois inexistem mecanismos fiscalizadores eficientes para evitar o chamado caixa 2, ou recursos não contabilizados como costumam chamar tesoureiros flagrados em irregularidade. Neste contexto, o melhor para o país seria que o STF e declarasse a inconstitucionalidade do financiamento privado de campanhas, como pede a Ordem dos Advogados do Brasil. O desejável é que a normatização de temas políticos seja feita pelo Legislativo, e não pelo Judiciário, mas o atual parlamento não parece disposto a promover as reformas que a sociedade exige, especialmente quando as mudanças afetam os interesses dos detentores de mandatos. As articulações políticas pela manutenção do financiamento privado para campanhas eleitorais evidenciam essa resistência corporativista e aumentam o desencanto dos eleitores com seus representantes, e se “esqueça” diante na negociata concluído no dia das eleições como de costume.
Antônio Scarcela Jorge.

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