sábado, 27 de junho de 2015

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - SÁBADO, 27 DE JUNHO DE 2015

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge.

O BRASIL SE ILUDIU COM O PT.

Nobres:
Há pouco mais de três décadas o país via surgir uma legenda partidária da esquerda política que se identificava junto a massa popular como única alternativa para mudar os rumos políticos do país, que no pretérito, imaginávamos autenticar a segmentos da elite política nacional ideologicamente centrista. Consolidada esta mudança de rumos, foi para o pior. O PT engana sim: engana cupinchas recolhidos em milhares de empregos na máquina pública ou sindicalistas que recebem gordos soldos para carregar sua bandeira vermelha e vestir suas camisetas com saudações a guerrilheiros; ou, ainda, filiados a esse partido que se divide em inúmeras tendências, mas se junta tentando manter a sede e o projeto de poder; ou, o que é pior de tudo, engana a milhões que sobrevivem graças às bolsas-misérias distribuídas especialmente nos grotões mais miseráveis deste país. No auge daquela que talvez seja sua crise fatal em 35 anos de existência, os petistas reunidos em congresso em Salvador, depois de cinco anos sem encontro partidário, fizeram de conta, como sempre, que discutiram o Brasil, seus problemas e soluções, além das diferenças internas. Os 800 delegados, apesar de várias tendências, fizeram, como sempre, o beija-mão daquele que consideram o “salva-pátria”, o que assume o nome de sua tendência “O Partido que Muda o Brasil” sem ao menos passar óleo na cara. O PT de bobo não tem nada: apesar de teses esquizofrênicas, absurdas para um país democrático, saiu pela tangente e os “esquerdinhos” mais radicais dançaram miudinho, como já acontecera quando Lula lançou a “Carta aos brasileiros”, sob inspiração de seu guru José Dirceu, para enganar o país durante os últimos 12 anos. A Venezuela, ícone dos petistas, é hoje o país com a inflação mais alta do mundo e com a segunda taxa mais alta de homicídios do mundo.  Rejeitado por manifestações em todo o país, com um governo sem rumo e com dirigentes acusados de corrupção, com desvios de dinheiro grosso e recebimento de propinas por gente graúda da legenda, os petistas professam bom comportamento para continuar enganando. Lula vocifera bravatas, como sempre no acalanto de seus súditos, mas nada diz sobre seu encontro com Diosdado Cabello, presidente da Assembléia Nacional da Venezuela e membro mais poderoso do regime depois de Maduro. Em visita não oficial ao Brasil, Cabello, considerado um dos maiores barões da cocaína do mundo, ligado ao Cartel dos Sóis, que comanda 90% da exportação da cocaína produzida pelas Farc, foi gentilmente recebido por Lula por duas vezes, e por Dilma no Planalto. Se fosse honesto, Lula poderia reconhecer que a Venezuela, ícone dos petistas, é hoje o país com a inflação mais alta do mundo e com a segunda taxa mais alta de homicídios do mundo, superado apenas por Honduras. E mantém 70 políticos contrários a Maduro como prisioneiros em suas cadeias. Este é o modelo de país para o qual o PT se prepara desde que nasceu e cuja tese principal, preparada para ser discutida em Salvador, era “Um partido para tempos de guerra”.  Lula, o principal falastrão da legenda, continua no ataque, referindo-se à imprensa: “Parece que as pessoas não querem mais ler as mentiras que eles publicam”. Como sempre, engana seus súditos, inclusive o presidente do partido, Rui Falcão, que posa de bom moço para a mesma imprensa acusada pelo “enganador-mor”. O Brasil, para os petistas, é secundário, sempre foi secundário. O objetivo final deste partido é acabar com a democracia que lhes deu espaço. Isso eles não conseguem mais disfarçar. Seu projeto de poder é o do uso da democracia para destruí-la, para consolidar um governo demagógico, respaldado em sindicalistas, CUT, MST, UNE e outros grupelhos fanáticos, com um discurso farsante, mentiroso, que esconde suas verdadeiras intenções, dentro e fora dos poderes, espelhando-se em modelos odientos, criminosos, desagregadores, corruptos, desrespeitadores e ultrapassados, que já faliram uma boa parte dos países do mundo.
Antônio Scarcela Jorge.

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