segunda-feira, 29 de junho de 2015

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2015

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge.

COMANDO À IMPLOSÃO.

Nobres:
Nós que vivenciamos a limiar de um partido político (PT) como santíssimo e (dês) preparado para exercer o poder no Brasil, cuja distensão, lenta e gradual, palavras de ódio naquela época e, hoje padrão ditado por estes e, que também, não usam do exercício de comando em função da permanente conspiração agora com os anseios do povo.    Por esta razão a sociedade racional ficou “tonteada” com que o Lula disse no início da semana passada todos já haviam dito. Só que agora é Lula quem admite que o PT envelheça e virou um partido em que todos brigam por cargos. Combinação, farsa, ou tenta salvar a sua pele como forma de sobrevivência. Ainda disse Lula: - “Temos que definir se queremos salvar nossa pele e os nossos cargos ou se queremos salvar o nosso projeto”. Esse projeto tem a finalidade se perpetuar no poder, embora que seja cercado e compartilhar em favor de ladrões para impor sobrevivência.  Exemplo: Em 2005, em função desse projeto escuso e agradado por ele – Só a cambada de ladrões que lhe venera – “ampliaram-se as alianças” e o conseguinte roubo dos agregados, que fazendo a maioria da sociedade de “besta” dizendo não saber de nada. Os partidos velhos, novos, grandes, os médios, as sanguessugas, nanicos variados, conservadores à direita da direita religiosa e esquerda corrupta, já constrangiam petistas históricos e a classe média militante desde a eleição de 2006, lotaram a coalizão. E o pior! Um dos 12 avalistas da carta de fundação do PT em 1980 era mandado embora para dar lugar a um contumaz ocupante de funções subalternas desde o governo Collor. Nomearam um “pepista” que saiu do terceiro time para virar ministro. Os acertos eram fechados com o aval de José Janene, deputado do PP do Paraná, que estaria mais tarde na origem das investigações da Lava-Jato. Janene, compadre e cúmplice do doleiro Youssef, morreu em 2010. Depois disso, Lula se reafirma como instituição acima do partido. O lulismo substitui o petismo e passa a ser sustentado eleitoralmente pelo que antigamente se chamava de proletariado. A classe média abandona as bandeiras que davam charme ao partido. O lastro eleitoral é então o da nova classe média. O fenômeno se completa em 2006 e se consolida em 2010 e 2014. O grande projeto é a inclusão social. O país e os pobres prosperam. Mas a ressaca começa a pegar Dilma e se agrava com o refluxo da corrupção da Lava-Jato. O desencanto que Lula manifestou no início da semana já existia há pelo menos uma década. Era camuflado pela prosperidade. O dilema do partido que ficou velho talvez nem seja o de como reconquistar a classe média dita progressista e há muito desencantado. Nem o de mobilizar uma esquerda encabulada e silenciosa. Mas de convencer os incluídos socialmente de que o projeto lá do começo só pode continuar sob o lulismo. Não foi só o PT que virou outra coisa. O antigo pobre do começo do século 21 tem outras demandas. Lula e o PT são desafiados a entender as inquietações dessa gente que nem a ciência política sabe enquadrar direito. O incluído pelo lulismo ao consumo, ao emprego, à universidade e às viagens a Miami está pronto para se aliar à antiga classe média e se jogar nos braços de quem estiver por perto e até a nova classe média ficou velha. Só a classe dominante, é a da corrupção.
Antônio Scarcela Jorge.

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