segunda-feira, 15 de junho de 2015

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 'SEGUNDA-FEIRA' 15 DE JUNHO DE 2015

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge.

POLÍTICA ECONÔMICA DESCONECTADA.

Nobres:
Parece ser impossível conciliar a crise econômica junto a politicagem do governo ante o poderio corrupto de seus aliados. Sinteticamente vem aplicando ajustes para recobrar fundamentos macroeconômicos como a volta do nível de preços ao centro da meta inflacionária e superávit fiscal. Objetivos certos, mas forma errada, porque estão protagonizadas pela ortodoxa elevação da taxa de juros indexada a títulos da dívida pública. Isso provoca não uma crise, mas uma avalanche de outras elevadas taxas de juros que onera consumidores, investidores e, irracionalmente, o próprio setor público. Este é, sim, um movimento recessivo de curto prazo. É como se estivéssemos, propositalmente, colocando um combustível de baixa qualidade para desacelerarmos o nosso carro. Sabemos que isso provocará danos ao motor com custos muito mais elevados lá na frente. A soma das multiplicidades de processos em desorganização na indústria nacional, a obsolescência da atual matriz tecnológica e a não inserção competitiva no Brasil no mundo é a face da crise que está há anos sendo ocultada com estas políticas paliativas de curto prazo. Além de estragar o motor e o desempenho do metafórico “nosso carro”, o modelo está focado em dar sobrevivência, com elevados custos, a um modo de regulação entre Estado e produção que não é mais o padrão mundial de competitividade. Acrescente-se uma dose elevada de frustração de vários segmentos sociais por não alcançarmos uma melhor distribuição efetiva de renda, e vir à tona dos esquemas de corrupção, e pronto: temos os fundamentos para conceituar a atual crise. Também sabemos que depois dos atuais ajustes, “nosso carro” irá começar a andar novamente numa velocidadezinha suficiente para acalmar a opinião publica, postergando o verdadeiro enfrentamento da crise. Precisamos materializar a ascensão da inovação como meta para o desenvolvimento, senão a trilha “ética, educação, cultura, economia, desenvolvimento” continuará   sendo movida por outros países em outros modos de veículos. Não deve instar o modelo ideológico naturalmente contrário os princípios da economia mundial, com a gravidade da corrupção embutida por méritos deles, é ressuscitar o malogrado “marxismo” que não produziu efeitos nenhum.

Antônio Scarcela Jorge.

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