terça-feira, 16 de junho de 2015

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2015

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge.

CONTRADIÇÃO EVIDENTE.

Nobres:
É intolerável a proposta da alta cúpula majoritária do PT para que retorne a famigerada CPMF, o imposto sobre movimentação financeira que já atormentou a vida dos brasileiros sob o pretexto de financiar a saúde pública. A idéia vem sendo propagada dentro do próprio governo e ganhou o aval de lideranças petistas empenhadas em manter posições hegemônicas no congresso nacional do partido. É uma proposta sem nexo com a realidade, quando a transferência de renda para os governos passou do razoável e mesmo assim deve ser ampliada, com as taxações resultantes, por exemplo, das novas concessões de serviços para a iniciativa privada, especialmente nas rodovias. Por este lado, é também um deboche, uma sem-vergonhice daqueles que há pouco tempo apregoavam e protestavam em desfavor da famigerada CPMF. Envolto ao roubo que figurões do Partido, onde aquilo que estimada o caráter daqueles pseudo-s honrados e que foram transformados em marginais, não encontram outra saída para mostrar o que são e abusam de atos praticados  com a sociedade, num momento em que a elite administrativa não para de criar penduricalhos para elevar seus vencimentos, em contraste com a crise financeira e o aumento do desemprego. Sugerir a volta da CPMF é conspirar contra a racionalidade buscada pelo Executivo no ajuste fiscal. O imposto caiu em 2007 por não cumprir com o que prometia, e a saúde ficou pior do que estava. Os mesmos que tentam ressuscitá-lo contribuíram para que fosse desmoralizado. O que a saúde precisa é de qualificação de gestão, para que elimine desperdícios, ineficiência e corrupção, que achamos difícil para quem pratica esse conjunto de anomalias. Podemos ainda imaginar em meio a um suposto esforço para acertar suas contas, está na hora de o poder público abandonar improvisações e adotar modelos como o do Orçamento Base, pelo qual a previsão orçamentária para o ano seguinte não se baseia preguiçosamente no gasto do ano anterior, acrescentado da inflação ou de algum outro tipo de reajuste, mas sim na previsão do que realmente o órgão público ou a instituição precisam para operar com eficiência, ou é tudo uma forma de sustentação no poder que fatalmente se tornará inviável.

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