COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
- CENÁRIO TRAGICÔMICO -
“PARLA-SHOPPING” OFICIA O ÓBVIO.
Nobres:
O Brasil cotidiano experimenta um país que os
políticos, em sua maioria, saqueiam os cofres públicos, isso é natural e
perfeito praticado ainda por segmentos da população que abençoam a ladroagem. Contextualmente nada é pior do que aquelas situações em que o ridículo esconde o absurdo ou o
crime. O perigo torna-se profundo quando o tom de tudo é "escovalha" e nos confunde
sem saber se devemos rir ou chorar, dar gargalhadas pelo disparate ou nos
entristecer de raiva. É o caso do “shopping” da Câmara dos Deputados, que seu
presidente, Eduardo Cunha, do PMDB, fez entrar de contrabando na medida
provisória do ajuste fiscal. Se a presidente Dilma não vetar a esdrúxula
decisão (que o Senado também aprovou) seremos o primeiro país do mundo em que o
Parlamento será centro de compra e venda. Ou estamos inconvenientes e, apenas,
vão oficializar algo que já existe? Na opinião de Cunha habilita vender no
varejo (direto ao consumidor) o que parlamentares e políticos já fazem no
atacado, negociando votos. Por acaso, a maioria das fraudes que a Polícia
Federal e o Ministério Público investigam todo dia não se origina no núcleo político?
O “Parla-shopping” só vai “democratizar” os fornecedores, vendendo roupas de
marca e eletrônicos em vez de votos apenas.
Antônio Scarcela Jorge.
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