RIO DE JANEIRO - O presidente da
Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras, Sergio Machado, pediu
licença sem vencimentos pelos próximos 31 dias, para que sejam esclarecidas
denúncias de corrupção feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, que ameaçam
atrasar a divulgação dos resultados do terceiro trimestre da companhia.
O executivo afirmou em nota nesta
segunda-feira que não teme investigações sobre sua atuação, mas que quer evitar
eventuais atrasos na divulgação do balanço financeiro do terceiro trimestre da
Petrobras.
"A acusação é francamente
leviana e absurda, mas mesmo assim serviu para que a auditoria externa PWC
(Price Waterhouse Coopers) apresentasse questionamento perante o Comitê de
Auditoria do Conselho de Administração da Petrobras", disse o presidente.
Matéria publicada pelo jornal O
Estado de S.Paulo, no último sábado, afirmou que a Price Waterhouse Coopers
(PwC), auditora dos resultados financeiros da Petrobras, recusou-se a aprovar o
balanço do terceiro trimestre da petroleira. Teria sido esse o motivo para que
uma reunião do conselho de administração da Petrobras, na última sexta-feira,
fosse interrompida, após horas de discussão, sem que nenhum item da pauta
tivesse sido aprovado.
O Conselho de Administração da
Petrobras deverá voltar a se reunir na terça-feira, podendo discutir
eventualmente um reajuste nos preços dos combustíveis.
Ainda não há uma data para a
divulgação do balanço da Petrobras do terceiro trimestre, que deve ser feita
pelas regras locais até 45 dias após o final do período.
"Apesar de toda uma vida
honrada, tenho sido vítima nas últimas semanas de imputações caluniosas feitas
pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, cujo teor ainda não foi
objeto sequer de apuração pelos órgãos públicos competentes", frisou
Machado.
Costa foi preso pela operação
Lava Jato, da Polícia Federal, e está cumprindo prisão domiciliar depois que
concordou em fazer uma delação premiada.
Machado, que preside a Transpetro
desde junho de 2003, destacou ainda que as contas da subsidiária e a execução
de seus principais programas são periodicamente auditados pelo Tribunal de
Contas da União (TCU), que jamais encontrou irregularidades nos contratos.
Além disso, ele destacou que o
TCU expediu, em 30 de outubro, certidão negativa atestando não haver nenhuma
pendência em seu nome reativamente a contas julgadas até o momento.
"A empresa também é objeto
da análise permanente de auditorias independentes, entre elas a KPMG e a Price
Waterhouse Coopers (PwC)", disse Machado.
A Petrobras informou em nota ao
mercado que o Conselho de Administração da Transpetro aprovou a solicitação de
Machado e designou para substituí-lo, no período, o diretor Claudio Ribeiro
Teixeira Campos.
Fonte: Reuters.
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