O presidente do PSDB e candidato derrotado ao
Palácio do Planalto, senador Aécio Neves (MG), divulgou nesta quinta-feira uma
nota na qual diz que o partido que preside não fez "qualquer tipo de
acordo" para barrar as apurações da Comissão Parlamentar de Inquérito
mista da Petrobras. Na sessão de ontem da CPI, uma articulação de parlamentares
da base aliada e da oposição impediram a votação de requerimentos para chamar
para depor integrantes do PT e do PSDB, como a presidente Dilma Rousseff, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o próprio Aécio.
"O PSDB não pactua com qualquer tipo de acordo
que impeça o avanço das investigações da CPMI da Petrobras", afirma a
nota. "Lutamos pela instalação da CPMI. Temos de ir a fundo na apuração do
chamado 'Petrolão' e na responsabilização de todos que cometeram eventuais
crimes, independentemente da filiação partidária", completa.
Na nota, o tucano diz que essa é a "posição
inarredável do PSDB". Ontem, no primeiro discurso no plenário do Senado
após o segundo turno presidencial, Aécio condicionou a abertura do diálogo com
Dilma às investigações das denúncias que envolvem a Petrobras. "Qualquer
diálogo tem que estar condicionado ao aprofundamento das investigações e
exemplares punições daqueles que protagonizaram o maior escândalo de corrupção
do país conhecido como petrolão", afirmou o senador mineiro, que foi efusivamente
aplaudido em plenário. O tucano disse ontem que o esquema de corrupção só veio
à tona porque não foi possível abafar os delatores do esquema da Petrobras.
Aécio afirmou ainda que esconder e camuflar são a tônica do atual governo. Ele
mencionou que a corrupção chegou a níveis nunca antes atingidos no País.
Fonte: Estadão.
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