segunda-feira, 17 de outubro de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2016

SCARCELA JORGE







COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

ARGÜIDA A LEI DA FICHA LIMPA.

Nobres:

A Lei da Ficha Limpa ainda está sendo questionada por corruptos e rapineiros que se dizem o dono da razão e, também pelos falsos moralistas. Os “abismados” paladinos da moral, entretanto, apoiaram um elemento essencialmente corrupto, mentiroso numa verdadeira absurdo e ou, interesse pessoal que inala o poder. Por essa benesse a ladroagem que o Supremo contemplou, ex-prefeitos parecem que serão imunizados. E aproximadamente R$ 4 bilhões não retornarão aos cofres públicos como ressarcimento. Nós respeitamos a decisão, mas somos contra. Esta atitude traz a preocupação de que outras ações eticamente positivas, como a Lei Anticorrupção, também fiquem seriamente comprometidas. A este propósito, em muito espanta a recente decisão do procurador-geral da República de suspender os efeitos da delação premiada do ex-presidente da OAS. Independentemente de interpretações legais que eventualmente subsidiem tal decisão, esta suspensão no mínimo causa estranheza devido à importância do conteúdo desta delação, que compromete severamente expoentes da vida pública nacional. A população precisa ficar vigilante com todas as atitudes que venham na contramão da ética na política, preservando iniciativas como a Operação Lava Jato e as Dez Medidas Contra a Corrupção, projeto este que precisa ser discutido. Ademais, a sociedade brasileira não pode permitir que ocorra com a Lava Jato o que houve com a Operação Mãos Limpas, ocorrida na Itália nas décadas de 80 e 90 e que serviu de inspiração para a operação brasileira. Naquele país, ao fim, interesses nocivos prevaleceram sobre o que havia sido construído de positivo contra a corrupção. A evolução no combate à corrupção construída ao longo dos últimos dois anos não pode ser seriamente comprometida por entendimentos controversos da mais alta corte do país. Por fim, a divisão harmônica dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário no Brasil exige que estes, de forma igual, prestem contas à sociedade brasileira. Acima de qualquer interpretação legal está o interesse maior do Brasil.
Antônio Scarcela Jorge.

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