SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
Scarcela JorgeESTRELATO DA MENTIRA.
Nobres:
Existe um adágio popular que o povo em sua maioria
acredita em mentiras e encaixa nesta premissa o PT e seu Deus líder da
corrupção Luis Inácio Lula da Silva. Segundo ele, (Lula) e se pessoalmente convir,
declarou no sábado, um dia antes das eleições, que as urnas são soberanas e o
seu partido teria o dobro entre todos os partidos. A mentira do “grande chefe
corrupto” se consolidou. Começou no “fundo do seu quintal” São Bernardo do
Campo, o tal PT é tão grande (rrs) que seu filho Marcos LULA candidato a reeleição
para o cargo de vereador não conseguiu se reeleger e obteve uma fragorosa
derrota no seu quintal eleitoral o centro maior onde a corrupção impera. A exceção da nossa aldeia o Ceará, só tem o
olhar voltado para um grupo de “ignorantes” (boçais) que ainda comanda por
enquanto as forças alugadas do Estado. No computo geral do País, o grande PT! neste
momento amarga derrotas; entre as capitais brasileiras, o PT só conquistou Rio
Branco (AC) e foi para o segundo turno em Recife (PE), tendo amargado derrotas
especialmente dolorosas, como em São Paulo, onde o prefeito Fernando Haddad
perdeu já no primeiro turno para o tucano João Dória Jr. Em Porto Alegre (RS),
tradicional reduto da esquerda, Raul Pont manteve a segunda colocação nas
pesquisas até o fim de agosto, mas perdeu fôlego e terminou fora do segundo
turno, em terceiro lugar.Assim, opera-se uma mágica curiosa, especialmente nas
mídias sociais e em comentários na imprensa. Até o último sábado, para parte da
esquerda e seus defensores na academia e em outros ambientes, o voto popular
era tão soberano que constituía até mesmo uma carta branca que legitimava
crimes de responsabilidade e outras maracutaias – o “respeito aos 54 milhões de
votos” não era o grande mote dos defensores de Dilma Rousseff? Mas, depois do
domingo, o mesmíssimo voto popular passou a ser a expressão máxima do atraso,
do conservadorismo provinciano, do “ódio das elites”... como os eleitores de
2014 são praticamente os mesmos de 2016, parece que estamos diante de um
entendimento muito peculiar de “democracia” e de “respeito ao voto”, que só
existem quando a esquerda vence. Mas, se o partido cuja cúpula deu origem à
“propinocracia” murchou eleitoralmente, com seus candidatos recebendo apenas
6,8 milhões de votos (outra queda de 60% na comparação com 2012, quando teve
17,3 milhões de votos), para onde foram todos esses eleitores?
A julgar pela
votação total de partidos como PDT, PSB ou PPS, que não tiveram grandes
variações em seu desempenho considerando-se o total de votos recebidos, a
esquerda mais tradicional não se beneficiou da derrocada petista. Mas tampouco
isso ocorreu com a extrema-esquerda. Luciana Genro, do PSol, liderou as
primeiras pesquisas em Porto Alegre para terminar em quinto lugar. A única –
mas notável – exceção foi o Rio de Janeiro, que levou para o segundo turno
Marcelo Freixo, também do PSol, um apoiador de black blocs que só resolveu
moderar o discurso após a morte do cinegrafista Santiago Andrade, em fevereiro
de 2014 (episódio, aliás, em que o nome de Freixo apareceu ligado a um dos
acusados pela morte). Mesmo com a votação de Freixo, no entanto, o PSol perdeu
eleitores entre 2012 e 2016, caindo de 2,4 milhões para 2,1 milhões de votos em
todo o país. Especialmente para o PT, o momento pede uma autêntica autocrítica.
Seus líderes cultivaram, por anos, o hábito de buscar culpados externos para
tudo de errado que ocorria em seus governos. Os grandes nomes do partido que
acabaram atrás das grades eram aclamados como heróis. Essa postura jamais
passaria incólume em um país que tem demonstrado menos tolerância com a
corrupção, elevada pelo lulopetismo a níveis nunca antes vistos neste país. Se
quiser assumir o papel de esquerda comprometida com a democracia e a lisura no
trato da coisa pública, o partido precisará rever todas essas práticas que
cobraram seu preço no domingo, se não, desaparece em termos de legenda
partidária.
Antônio
Scarcela Jorge.
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