SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
UM NOVO MODELO PARA EDUCAÇÃO BÁSICA.
Nobres:
Passado o fanatismo irracional que tomaram de conta
populações das aldeias interioranas do país, isto sim, seria racional por todos
nós, não só o universo de professores, alunos, família e instituições escolar
representados por seus segmentos e, voltar as atenções para a reforma no ensino
médio que requer com muitos questionamentos a serem respondidos e demonstra que
algo precisa ser feito nesta etapa tão importante e de fechamento da educação
básica. É inegável que o atual modelo já está há muito tempo ultrapassado. Sem
identidade clara, o ensino médio foi recebendo enxertos ao longo das últimas
décadas e se distanciou da proposta original. O inchaço no currículo não
permite nem uma formação técnica aprofundada, nem uma digna preparação para os
vestibulares. O número de disciplinas também não respeita a individualidade dos
alunos. O novo ensino médio passa a utilizar a flexibilidade curricular já
validada na educação superior. Esperar que o estudante vencesse o niilismo de
sua geração e escolha qual disciplina prefere é superestimar sua capacidade. A
proposta apresentada ainda precisa de muitas considerações e debates sobre
quais disciplinas serão ou não obrigatórias, quais serão as áreas abordadas na
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e como serão ajustados os instrumentos de
acompanhamento da qualidade. O aumento da carga horária de 800 para 1,4 mil
horas é um avanço considerável. Nas principais escolas de ensino médio ou
equivalentes pelo mundo, a permanência do aluno em tempo integral reduziu a
evasão escolar e, com o estudante mais tempo na escola, abre caminho para
disciplinas como música, empreendedorismo, voluntariado e projetos sociais. Com
os percursos formativos, o novo ensino médio passa a utilizar a flexibilidade
curricular já validada na educação superior. Proporcionar aprofundamento em
cinco áreas (Linguagens e Códigos, Sociedade, Matemática, Natureza ou educação
profissional) abre um “leque” de opções que deve tornar muito mais interessante
a transição do ensino médio para o ensino superior. Além de irem melhor
preparados para os demais estudos, caso o aluno não se identifique com o
caminho escolhido, o novo modelo permite que ele retorne sem perder o que foi
cursado, ou pode cursar mais de um percurso formativo. Possibilidade que irá
refletir na redução da evasão também na educação superior. A aprovação por
disciplina também é outro ponto positivo. No novo modelo, a progressão será por
disciplinas, permitindo que elas sejam estudadas independentemente da aprovação
nas outras áreas. Caberá ao aluno gerenciar sua vida escolar administrando o currículo.
A discussão sobre a reforma do ensino médio tirou o sistema educacional da
inércia de um formato ultrapassado e industrializado. Além disso, evidenciou a
necessidade de implementar um modelo atualizado que permite a melhor transição
entre a educação fundamental para a superior, proporcionando aos jovens
conhecimentos que sejam úteis sem afastá-los dos bancos escolares esta é da
maior preocupação e responsabilidade de todos.
Antônio
Scarcela Jorge.
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