quarta-feira, 5 de outubro de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO DE 2016

SCARCELA JORGE







COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

UM NOVO MODELO PARA EDUCAÇÃO BÁSICA.

Nobres:
Passado o fanatismo irracional que tomaram de conta populações das aldeias interioranas do país, isto sim, seria racional por todos nós, não só o universo de professores, alunos, família e instituições escolar representados por seus segmentos e, voltar as atenções para a reforma no ensino médio que requer com muitos questionamentos a serem respondidos e demonstra que algo precisa ser feito nesta etapa tão importante e de fechamento da educação básica. É inegável que o atual modelo já está há muito tempo ultrapassado. Sem identidade clara, o ensino médio foi recebendo enxertos ao longo das últimas décadas e se distanciou da proposta original. O inchaço no currículo não permite nem uma formação técnica aprofundada, nem uma digna preparação para os vestibulares. O número de disciplinas também não respeita a individualidade dos alunos. O novo ensino médio passa a utilizar a flexibilidade curricular já validada na educação superior. Esperar que o estudante vencesse o niilismo de sua geração e escolha qual disciplina prefere é superestimar sua capacidade. A proposta apresentada ainda precisa de muitas considerações e debates sobre quais disciplinas serão ou não obrigatórias, quais serão as áreas abordadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e como serão ajustados os instrumentos de acompanhamento da qualidade. O aumento da carga horária de 800 para 1,4 mil horas é um avanço considerável. Nas principais escolas de ensino médio ou equivalentes pelo mundo, a permanência do aluno em tempo integral reduziu a evasão escolar e, com o estudante mais tempo na escola, abre caminho para disciplinas como música, empreendedorismo, voluntariado e projetos sociais. Com os percursos formativos, o novo ensino médio passa a utilizar a flexibilidade curricular já validada na educação superior. Proporcionar aprofundamento em cinco áreas (Linguagens e Códigos, Sociedade, Matemática, Natureza ou educação profissional) abre um “leque” de opções que deve tornar muito mais interessante a transição do ensino médio para o ensino superior. Além de irem melhor preparados para os demais estudos, caso o aluno não se identifique com o caminho escolhido, o novo modelo permite que ele retorne sem perder o que foi cursado, ou pode cursar mais de um percurso formativo. Possibilidade que irá refletir na redução da evasão também na educação superior. A aprovação por disciplina também é outro ponto positivo. No novo modelo, a progressão será por disciplinas, permitindo que elas sejam estudadas independentemente da aprovação nas outras áreas. Caberá ao aluno gerenciar sua vida escolar administrando o currículo. A discussão sobre a reforma do ensino médio tirou o sistema educacional da inércia de um formato ultrapassado e industrializado. Além disso, evidenciou a necessidade de implementar um modelo atualizado que permite a melhor transição entre a educação fundamental para a superior, proporcionando aos jovens conhecimentos que sejam úteis sem afastá-los dos bancos escolares esta é da maior preocupação e responsabilidade de todos.
Antônio Scarcela Jorge.

Nenhum comentário:

Postar um comentário