CARLOS ALBERTO TORRES.
SELEÇÃO DE 70 AGRADECE AO CAPITÃO.
Ex-atletas e comissão do tricampeonato mundial lamentam morte de Carlos Alberto Torres e recordam momentos ao lado de um dos maiores laterais - direitos do Brasil.
Considerada uma das maiores seleções de todos os
tempos, o escrete brasileiro tricampeão mundial em 1970 está de luto com a
morte de Carlos Alberto Torres, vítima de um infarto fulminante na tarde desta
terça-feira, aos 72 anos.
Os craques liderados pelo eterno Capita e funcionários
daquela comissão técnica foram pegos de surpresa com a notícia e lamentaram a
perda, considerada irreparável.
Mas também recordaram momentos ao lado de um
dos maiores laterais-direitos da história e deixaram um agradecimento por tudo
o que ele representou para o futebol brasileiro.
PELÉ
Fico triste com a morte do meu amigo irmão Carlos
Alberto, nosso querido Capitão
Lembrando dos tempos que estivemos juntos no Santos,
na seleção brasileira e no Cosmos, formando uma parceria vencedora. Fomos
campeões no Santos, na Seleção e no Cosmos.
Infelizmente a gente tem que entender isso e que a
vida continua.
Para a sua família mando minhas condolências",
disse o Rei em nota oficial enviada por sua assessoria de imprensa.
GÉRSON.
Não era um capitão como outro qualquer, na cara ou
coroa. Ele era o cara. A liderança que ele tinha nunca mais vai ter, pode
escrever.
“Do jeito que ele era, do jeito que se comportava,
falava e era acreditado tanto pelos jogadores quanto pela direção, posso dizer
com a maior grandeza que não vai ter”
Gérson.
"Estava chegando na rádio quando recebi essa
notícia. Vi o Carlos Alberto domingo na televisão. Inclusive tínhamos um almoço
marcado depois das eleições.
Nós perdemos um companheiro, excelente profissional,
da melhor qualidade e um amigo acima de tudo. Ele teve a importância de um
capitão de uma seleção tricampeã do mundo.
Hoje o mundo diz que foi a melhor seleção até hoje de
todas as Copas.
E ele era o capitão.
Ele para nós tinha importância capital dentro e
fora das quatro linhas.
Tudo era com ele.
Às vezes se tivesse alguma coisa que pudesse
extrapolar, ele chamava três ou quatro para ir junto, organizava tudo. Foi
capitão da Seleção, do Botafogo, Fluminense, Santos, Cosmos (EUA).
Não era um capitão como outro qualquer, na cara ou
coroa. Não o chamávamos pelo nome, era de Capita. Ele era o cara.
A liderança que ele tinha nunca mais vai ter, pode
escrever.
“Do jeito que ele era, do jeito que se comportava,
falava e era acreditado tanto pelos jogadores quanto pela direção, posso dizer
com a maior grandeza que não vai ter”, disse, em entrevista ao "Seleção Sport".
PC CAJU
De quem eu joguei, foi o de mais categoria, fino,
criativo. Pela personalizada, doçura, facilidade de agregar, foi o capitão da
era Pelé no Santos, depois no Botafogo.
Era uma figura excepcional, foi uma
perda irreparável para o futebol mundial. Principalmente por essa pobreza que
se tem hoje no Brasil.
PC Caju.
"Foi uma pancada. Estou no Rio, cheguei na casa
de um grupo de amigos, fizeram um almoço para mim, aí toca o telefone.
Era o Adalberto chorando, perguntei o que houve. Aí
ele disse que o Carlos Alberto morreu. Falei: 'Está brincando comigo'. Vi ele
no domingo no Troca de Passes super bem, no dia 4 de agosto ele foi à minha
condecoração. Negócio de maluco. Foi um grande amigo um dos melhores.
De quem eu joguei, foi o de mais categoria, fino,
criativo. Não só como lateral, mas depois como quarto zagueiro, líbero.
Pela personalizada, doçura, facilidade de agregar, foi
o capitão da era Pelé no Santos, depois veio para o Botafogo igual.
Era uma figura excepcional, foi uma perda irreparável
para o futebol mundial.
Principalmente por essa pobreza que se tem hoje no
Brasil, não há ninguém representativo.
E foi muito jovem. Hoje eu tenho 67 anos e não me
considero idoso, não sinto o peso da idade. “Tanta gente ruim no mundo, aí
Jesus Cristo vem e leva o Carlos Alberto Torres”, disse, por telefone.
BRITO.
Sempre me dei muito
bem com Carlinhos dentro e fora de campo. Dentro era calmo, educado.
“Como homem pelo caráter, não tinha papas na língua,
bom pai, bom marido, bom filho, bom amigo”
Brito.
"Soube pela televisão, de repente, estava eu,
minha esposa. A gente sempre se deu com a família toda dele, moramos na Vila da
Penha (Rio de Janeiro), onde eles moravam. Tomamos um choque e começamos a
chorar.
Uma coisa muito chata, não só para amigos chegados,
mas para todos que gostam de futebol
Quero dar meus pêsames para todos vocês, o país está
colocando lágrimas, bem merecidas, que todo ser humano merece principalmente o
Carlinhos. Sempre me dei muito bem com
Carlinhos dentro e fora de campo. Dentro de campo era calmo, educado, como homem pelo caráter, não tinha papas na língua,
bom pai, bom marido, bom filho, bom amigo. Sempre me dei muito bem com ele,
passei a morar perto dele, no Largo do Bicão, onde ele morava com os pais dele.
Aí ficamos mais colados “um com outro”, disse, em
entrevista ao "Seleção Spor TV".
Parreira.
"Vai deixar muita saudade por tudo o que
representou. É uma perda irreparável. Foi um líder ao lado de Pelé, Gérson, A
gente não chegou na final só dentro do campo, fora também. E o Carlos Alberto
colaborou muito para isso.
Essa liderança vinha por ele ser bem articulado, pela
postura fora de campo e também uma liderança técnica. Lembro de uma história, a
gente partiu para final contra a Itália, saímos às 10h da manhã. Eu estava pela
primeira vez na Seleção, com 27 anos, quando ele me viu de cara fechada, sério.
Lembro bem, ele era mais alto do que eu, colocou a mão
no ombro e disse: 'Garoto, porque está tão preocupado?'. Falei:
'É a Itália, um timaço'.
Ele disse: 'Não se preocupa. Com esse timaço que
temos, a preparação que tivemos, esses baita jogadores, vamos ganhar mole'.
Fonte: Sport TV.
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