sábado, 15 de outubro de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SÁBADO (POSTADO ÀS 20:00 HORAS DE) SÁBADO, 15 DE OUTUBRO DE 2016

SCARCELA JORGE







COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

AS DUAS FACES DE NOSSA HISTÓRIA.

Nobres:
De acordo com a tradição o brasileiro é taxado de ter a memória curta, isso quer dizer que lhe é peculiar o pouco interesse no passado de seu país. Neste aspecto buscamos o comparativo neste conturbado clima de crises da imoralidade dos políticos corruptos que ainda são referenciais no país e ainda se deliciam à custa do erário em que a população ética, espera no tempo bem próximo, seja acelerada as suas prisões, por razões óbvias. Sim, só perpetram a memória os irracionais intelectuais do lulismo quando proclama, segundo eles, que o Brasil se iniciou sua história com o advento de Lula! É uma grande verdade – foi ele que “estabilizou, a anarquia, a mentira e a roubalheira e formatou a corrupção. Por exemplo, aqui no Ceará, existe um governador que pensa que o povo é abestado! Ledo engano. Profere que a segurança em seu Estado é ótima e as estatísticas fora do Estado não retratam esta realidade. Alia ao “cirismo” em decadência – é contraditório sendo oriundo daquilo que seria o lulismo que a muito sucumbiu do cenário político nacional. Tem gente que a história do Brasil é a verdadeira e gloriosa gerrilheira a infecta Dilma Rousseff que lutou de armas em punho para defender o golpe!!! Em décadas passadas. Em vários aspectos discordamos dessa posição, contudo existem características no Brasil que nos arremata para esse tipo de pensamento, e uma delas é a FEB. Isso mesmo, a Força Expedicionária Brasileira é um assunto pouco expressado no meio acadêmico, a participação brasileira no conflito mundial de 39 a 45 é um grande território de estudo para as diversas universidades do país,  muito embora o tema seja pouco valorizado, as obras e estudos que têm como área de pesquisa a mobilização, atuação, resultados e desmobilização da Força Expedicionária Brasileira são de pouquíssimos autores em comparação a outros períodos da história brasileira. Nesse cenário, a memória dos que combateram no Teatro de Operações Europeu ficou sob a responsabilidade dos filhos, netos e bisnetos dos ex-combatentes que têm lutado com a mesma garra de seus antepassados para manter viva a honra que esses combatentes conseguiram nos campos de batalha italianos. Nessa “guerra” injusta contra a ignorância histórica, o trabalho se torna mais difícil com o passar dos anos e, quando os ex-combatentes nos deixarem, as Associações estarão fadadas ao esquecimento se não houver um mudança de atitude no trato com a memória desses homens que viram a guerra, e voltaram sob a égide da vitória para o país, mas também destinados ao abandono do governo que os enviou. Existe um grupo de intelectuais bestas que critica e questiona firmemente a atuação da FEB nos campos de batalha italianos, Bem, claro que essas discussões são pertinentes e, até salutares para o debate sobre a participação brasileira, contudo o ponto passivo entre os estudiosos e aficionados pelo assunto é a bravura dos soldados brasileiros no combate, isso deve ser o elemento central na exaltação da memória das futuras gerações. Uma divisão expedicionária que foi formada com soldados com claras deficiências físicas, com pouca ou nenhuma instrução, saídos de um exército que até anos antes tentou golpes de Estado que foram planejados e executados por membros de suas fileiras, um exército cujo último conflito de grandes proporções foi uma controversa guerra contra seu próprio povo, em uma cidade chamada Canudos, ainda no século XIX; e a FEB foi criada sob as ordens de um Estado ditatorial para lutar contra uma nação de regime semelhante, guardada as proporções. Essa divisão foi formada com soldados que, aparentemente, não foram bem vistos por seus Aliados, mas que no decorrer das missões mostrou-se ser de extrema bravura individual, lutando contra um inimigo experiente, vindos de outros fronts como a campanha russa, membros da temida Afrika Corps, um povo que estava lutando desde o final do século anterior. Nossos soldados foram viris frente a este inimigo, deixando de lado suas limitações logísticas e físicas demonstraram serem dignos da frase do grande escritor Euclides da Cunha, quando se referiu ao povo que o exército enfrentara na guerra de canudos – O nordestino é acima de tudo um forte, escreveu ele em sua obra-prima - Os Sertõesno caso da FEB, não apenas o nordestino, mas o brasileiro se mostrou forte, enfrentando o seu oponente e todas as limitações, enfrentando o tempo, e o rígido inverno europeu, mesmo saído das regiões tropicais e nunca ter visto neve, lutou na neve, vencendo um inimigo árduo, o frio. Pode-se escrever livro questionando as operações da campanha, mas deveríamos escrever dez vezes mais, sobre a coragem dos “febianos” para deixar de legado para as próximas gerações. Fechando o ciclo de exemplos que podemos elencar na busca pelo reconhecimento dos nossos brasileiros que lutaram em solo estrangeiro, podemos citar os 17 de Abetaia que foram cercados e mortos no ataque em 12 de dezembro de 1944 no Monte Castelo, seus corpos só foram recuperados após o ataque de 21 de fevereiro de 1945, e devido o frio extremo, todos estavam bem conservados, muitos ainda com o dedo travado no gatilho de seus fuzis, enquanto outros estavam com granadas na mão e sem o pino de segurança, morreram todos em formação semicircular, cercados, mas face a face com o inimigo, encarando-os até a morte. Homens bravos! Brasileiros Bravos! Estes que estão no presente são aliados castrista e nada mais.

Antônio Scarcela Jorge.

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