SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
Scarcela JorgeAS DUAS FACES DE NOSSA HISTÓRIA.
Nobres:
De acordo com a tradição o brasileiro é taxado de ter a memória curta, isso quer dizer que lhe é peculiar o
pouco interesse no passado de seu país. Neste aspecto buscamos o comparativo
neste conturbado clima de crises da imoralidade dos políticos corruptos que
ainda são referenciais no país e ainda se deliciam à custa do erário em que a
população ética, espera no tempo bem próximo, seja acelerada as suas prisões,
por razões óbvias. Sim, só perpetram a memória os irracionais intelectuais do
lulismo quando proclama, segundo eles, que o Brasil se iniciou sua história com
o advento de Lula! É uma grande verdade – foi ele que “estabilizou, a anarquia,
a mentira e a roubalheira e formatou a corrupção. Por exemplo, aqui no Ceará,
existe um governador que pensa que o povo é abestado! Ledo engano. Profere que
a segurança em seu Estado é ótima e as estatísticas fora do Estado não retratam
esta realidade. Alia ao “cirismo” em decadência – é contraditório sendo oriundo
daquilo que seria o lulismo que a muito sucumbiu do cenário político nacional. Tem
gente que a história do Brasil é a verdadeira e gloriosa gerrilheira a infecta
Dilma Rousseff que lutou de armas em punho para defender o golpe!!! Em décadas
passadas. Em vários aspectos discordamos dessa posição, contudo existem
características no Brasil que nos arremata para esse tipo de pensamento, e uma
delas é a FEB. Isso mesmo, a Força Expedicionária Brasileira é um assunto pouco
expressado no meio acadêmico, a participação brasileira no conflito mundial de
39 a 45 é um grande território de estudo para as diversas universidades do
país, muito embora o tema seja pouco valorizado, as obras e estudos que
têm como área de pesquisa a mobilização, atuação, resultados e desmobilização
da Força Expedicionária Brasileira são de pouquíssimos autores em comparação a
outros períodos da história brasileira. Nesse cenário, a memória dos que
combateram no Teatro de Operações Europeu ficou sob a responsabilidade dos
filhos, netos e bisnetos dos ex-combatentes que têm lutado com a mesma garra de
seus antepassados para manter viva a honra que esses combatentes conseguiram
nos campos de batalha italianos. Nessa “guerra” injusta contra a ignorância
histórica, o trabalho se torna mais difícil com o passar dos anos e, quando os
ex-combatentes nos deixarem, as Associações estarão fadadas ao esquecimento se
não houver um mudança de atitude no trato com a memória desses homens que viram
a guerra, e voltaram sob a égide da vitória para o país, mas também destinados
ao abandono do governo que os enviou. Existe um grupo de intelectuais bestas que
critica e questiona firmemente a atuação da FEB nos campos de batalha
italianos, Bem, claro que essas discussões são pertinentes e, até salutares
para o debate sobre a participação brasileira, contudo o ponto passivo entre os
estudiosos e aficionados pelo assunto é a bravura dos soldados brasileiros no
combate, isso deve ser o elemento central na exaltação da memória das futuras
gerações. Uma divisão expedicionária que foi formada com soldados com claras
deficiências físicas, com pouca ou nenhuma instrução, saídos de um exército que
até anos antes tentou golpes de Estado que foram planejados e executados por
membros de suas fileiras, um exército cujo último conflito de grandes
proporções foi uma controversa guerra contra seu próprio povo, em uma cidade
chamada Canudos, ainda no século XIX; e a FEB foi criada sob as ordens de um
Estado ditatorial para lutar contra uma nação de regime semelhante, guardada as
proporções. Essa divisão foi formada com soldados que, aparentemente, não foram
bem vistos por seus Aliados, mas que no decorrer das missões mostrou-se ser de
extrema bravura individual, lutando contra um inimigo experiente, vindos de
outros fronts como a campanha russa, membros da temida Afrika Corps, um povo
que estava lutando desde o final do século anterior. Nossos soldados foram
viris frente a este inimigo, deixando de lado suas limitações logísticas e
físicas demonstraram serem dignos da frase do grande escritor Euclides da
Cunha, quando se referiu ao povo que o exército enfrentara na guerra de canudos
– O nordestino é acima de tudo um forte, escreveu ele em sua obra-prima - Os Sertões – no caso da FEB, não apenas o nordestino, mas
o brasileiro se mostrou forte, enfrentando o seu oponente e todas as
limitações, enfrentando o tempo, e o rígido inverno europeu, mesmo saído das
regiões tropicais e nunca ter visto neve, lutou na
neve, vencendo um inimigo árduo, o
frio. Pode-se escrever livro questionando as operações da campanha,
mas deveríamos escrever dez vezes mais, sobre a coragem dos “febianos”
para deixar de legado para as próximas gerações. Fechando o ciclo de exemplos
que podemos elencar na busca pelo reconhecimento dos nossos brasileiros que
lutaram em solo estrangeiro, podemos citar os 17 de Abetaia que foram cercados
e mortos no ataque em 12 de dezembro de 1944 no Monte Castelo, seus corpos só
foram recuperados após o ataque de 21 de fevereiro de 1945, e devido o frio
extremo, todos estavam bem conservados, muitos ainda com o dedo travado no
gatilho de seus fuzis, enquanto outros estavam com granadas na mão e sem o pino
de segurança, morreram todos em formação semicircular, cercados, mas face a
face com o inimigo, encarando-os até a morte. Homens bravos! Brasileiros
Bravos! Estes que estão no presente são aliados castrista e nada mais.
Antônio Scarcela Jorge.
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