EX-GOVERNADOR DO TO É PRESO PELA PF.
José Wilson Siqueira Campos, outro ex-governador do
Estado, foi alvo de mandado de condução coercitiva.
O ex-governador de Tocantins
Sandoval Cardoso foi preso na manhã desta quinta-feira pela Polícia Federal,
segundo o jornal O Estado de S. Paulo. José Wilson Siqueira Campos, outro
ex-governador do Estado, foi alvo de mandado de condução coercitiva. Eles são
investigados na Operação Ápia, deflagrada nesta quinta-feira e tem como
objetivo desarticular esquema que fraudava licitações públicas e execução de
contratos celebrados para a terraplanagem e pavimentação asfaltica em diversas
rodovias estaduais.
Ao todo, cerca de 350 policiais
federais participam da operação e cumprem 113 mandados judiciais, sendo
dezenove mandados de prisão temporária, 48 de condução coercitiva e 46 de busca
e apreensão nas cidades de Araguaína, Gurupi, Goiatins, Formoso do Araguaia, Riachinho
e Palmas, no Tocantins. Em Goiás, nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia
e Anápolis. No Maranhão, em São Luís, Governador Nunes Freire e Caxias. Também
estão sendo cumpridos mandados em Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Brasília
(DF) e Cocalinho (MT).
Segundo a PF, as investigações
apontaram que os ex-governadores fizeram um esquema de direcionamento de
concorrências envolvendo órgãos públicos de infraestrutura nos anos de 2013 e
2014.
Essas obras foram custeadas por
recursos públicos adquiridos pelo Estado por meio de empréstimos bancários
internacionais e com recursos do BNDES, tendo o Banco do Brasil como agente
intermediário dos financiamentos no valor total de cerca de 1,2 bilhão de
reais.
Os recursos adquiridos tiveram a
União como garantidora da dívida. As obras nas rodovias licitadas e
fiscalizadas pela secretaria de infraestrutura são o foco dos investigadores,
pois correspondem a 70% do valor total dos empréstimos contraídos.
Chamou a atenção dos
investigadores o fato de que, em um dos contratos, uma empreiteira pediu
complemento para realização da obra de mais de 1.500 caminhões carregados de
brita. Se enfileirados, esses veículos cobririam uma distância de 27 km,
ultrapassando a extensão da própria rodovia. Em outra situação, a perícia
demonstrou que para a realização de determinadas obras, nos termos do contrato
celebrado, seria necessário o emprego de mão de obra 24 horas por dia,
ininterruptamente, o que, além de mais oneroso, seria inviável do ponto de
vista prático.
O prejuízo aos cofres públicos
pode chegar a 25% dos valores das obras contratadas, o que corresopnde,
aproximadamente, a 200 milhões de reais.
Os investigados responderão pelos
crimes de formação de cartel, desvio de finalidade dos empréstimos bancários adquiridos,
além de peculato, fraudes à licitação, fraude na execução de contrato
administrativo e associação criminosa. Somadas, as penas podem ultrapassar 30
anos.
O nome da operação se refere à
Via Ápia, uma das principais estradas da antiga Roma, de acordo com a Polícia
Federal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário