SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
Scarcela JorgeINFLAÇÃO PRESENTE EM NOSSOS MEIO.
Nobres:
Embora o governo tente manipular as estatísticas
enganando mais uma o povo abestado estimando uma falsa deflação as vistas da
sociedade que padece em função dos sucessivos governos que agem por velha
retórica regrada neste sorumbático País. Quem sai para comprar em qualquer
mercadinho e feira da cidade, vê que os aproveitadores e irracionais praticam
preços como forma de “roubar” este é o termo mais apropriado para se instar, em
contrapartida a sana do nada para essas personagens. Não é só no setor, a
gravidade da questão sofre profundas causas é a cultura de um povo aculturado. Na tese científica dos economistas em termos
globais é a inflação um dos problemas mais sérios hoje nas economias
desenvolvidas. Não inflação alta, mas excessivamente baixa inferior à meta dos
bancos centrais. Isso apesar do imenso estímulo monetário dos últimos anos e do
uso recente de juros negativos. Já aqui, o problema é bem diferente, mas não
menos grave. Há ao menos quatro razões para a queda de inflação pelo mundo. A
primeira é o insustentável nível de endividamento de famílias empresas e
bancos. Ela gerou a crise de 2008 e um lento processo de desalavancagem que
mitigou o efeito dos estímulos monetários. A segunda é a queda das commodities,
sobretudo petróleo, que impacta para baixo os preços dos demais produtos. A
terceira está associada ao conceito de “estagnação secular” proposto por Larry
Summers, ex-secretário do Tesouro dos EUA: devido à demografia menos favorável
e à queda da produtividade, os juros necessários para equilibrar poupança e
investimento tornaram-se negativos. Se os BCs praticarem juros positivos,
haverá falta de demanda e deflação. A quarta razão está ligada à China: o
aparecimento de uma imensa massa de trabalhadores com salários baixíssimos numa
economia globalizada permitiu a produção de bens a custos bem menores. EUA e
outros países desenvolvidos internalizaram essa deflação junto com os produtos
importados, e ela se transmitiu aos demais bens e serviços. O fenômeno da
deflação é global e chegou ao Brasil, mas, mesmo assim, vivemos problema
oposto. Temos dificuldade de trazer a inflação à meta apesar das elevações dos
juros nos últimos anos. Avancemos o papel da confiança e das expectativas.
Evidências estatísticas mostram que a manutenção de expectativas de inflação
ancoradas na meta é ingrediente central para estabilizar a inflação. Quando a
inflação permanece elevada e as expectativas se ajustam para refletir essa
elevação, o combate à inflação fica muito mais difícil. O papel da inércia
inflacionária. Dado o histórico de indexação alta, choques inflacionários
demoram a se dissipar. Como a inflação tem se mantido alta, a inércia vem
aumentando. E por último incide a questão fiscal. Os questionamentos acerca da
sustentabilidade da dívida pública impactam o preço de ativos e elevam o risco
dos títulos públicos, causando efeitos deletérios adicionais à inflação que
terminam reduzindo o poder e a efetividade da política monetária. Enquanto o
perigo de deflação nas economias avançadas pode perdurar, no Brasil o perigo da
inflação deve ser atacado com rapidez dado o seu custo e o nosso histórico. A
solução do imbróglio fiscal é o primeiro passo para acabarmos com o problema da
inflação antes que ela acabe conosco.
Antônio
Scarcela Jorge.
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