DILMA DIZ 'ESPERAR INTEGRAL CONFIANÇA' DE MICHEL
TEMER CONTRA IMPEACHMENT.
Nos bastidores, governistas cobram que vice-presidente
defenda Dilma.
Presidente afirmou ainda esperar que Eliseu
Padilha fique em ministério.
Em
meio à visita feita ao Recife neste sábado (5), para lançar um plano nacional
de combate ao mosquito Aedes aegypti, a presidente Dilma Rousseff afirmou que
espera "integral confiança" do vice-presidente da República, Michel
Temer (PMDB). A declaração ocorreu ao ser perguntada se esperava uma defesa
enfática de Temer diante do pedido de impeachment acolhido pelo presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Na última sexta-feira (4), o ministro da Aviação
Civil, Eliseu Padilha (PMDB), um dos aliados mais próximos a Temer, protocolou
pedido para entregar o cargo. Nas coxias, comenta-se que os ministros do PMDB
estariam constrangidos com essa tentativa do Planalto de forçar um
posicionamento em favor da presidente.
Dilma evitou se alongar sobre o assunto e fez elogios
ao trabalho do peemedebista. "No caso do ministro Padilha, eu me esforcei
bastante para mantê-lo na reforma ministerial. Por quê? Por que acho que o
ministro Padilha, na direção do Ministério dos aeroportos (Aviação Civil), está
fazendo um trabalho importante. Eu não recebi nenhuma comunicação oficial dele
e ainda conto com sua participação no governo", ponderou a presidente.
Padilha tentou entregar sua carta de demissão à presidente, mas não chegou a ser
recebido nem pelo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. Irritado, protocolou o
pedido no Palácio do Planalto.
A Presidente Dilma, também comentou o anúncio do
ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, sobre a
ocorrência de novas "pedaladas fiscais" no ano de 2015, no valor de
R$ 2,5 bilhões. "Primeiro que nós discordamos das primeiras. Achamos extranho
que possa haver pedaladas fiscais se o ano de 2015 nem terminou. Então, é
complexa essa questão da nossa relação com as opiniões do ministro Nardes. Não
com o TCU, mas com o ministro Nardes nós temos algumas divergências de
opinião", salientou.
Fonte: G1 – DF.
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