terça-feira, 20 de agosto de 2013

JULGAMENTO DO MENSALÃO



PARA GILMAR MENDES, TENSÃO DO MENSALÃO CAUSOU BRIGA NO STF.

SALVADOR - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), considerou a última discussão entre o presidente da Corte, Joaquim Barbosa, e o ministro Ricardo Lewandowski, ocorrido na quinta-feira, como fruto da tensão em torno do julgamento do mensalão. Barbosa acusou Lewandowski de fazer chicana - retardar a discussão, no jargão jurídico, porque os dois divergiram em relação a um pedido de recurso do ex-deputado Bispo Rodrigues. De acordo com Mendes, o STF deverá concluir a análise dos embargos declaratórios em setembro. - Gilmar Mendes lamentou o conflito entre os dois colegas. Mendes acredita que a divergência será resolvida. Segundo ele, o assunto será tratado internamente. - Eventualmente, nós vemos esse tipo de situação durante debates que se exacerbam, muito em função da tensão mesmo existente. Não é o ideal que esse tipo de situação ocorra, mas temos capacidade de superação e vamos superar - afirmou Gilmar Mendes nessa segunda-feira, em Salvador, durante a participação no Fórum de Teses, promovido pela Faculdade Baiana de Direito no Centro de Convenções da Bahia Durante a sessão do Supremo, Joaquim Barbosa, o relator da Ação Penal 470, recusou se retratar com Ricardo Lewandowski, revisor do mensalão. Após o episódio, diversos operadores do direito e representantes da opinião pública se manifestaram contrários às palavras do presidente do STF.

Prisão de condenados

Mendes espera que o STF tome uma definição a respeito dos embargos que estão sendo apresentados pelos condenados no escândalo até a segunda semana de setembro. Só após a resolução do assunto, será possível discutir outras questões, como a prisão de alguns dos condenados. Na palestra que deu na Bahia, onde falou sobre a Constituição do Brasil, o ministro chegou a fazer uma referência indireta ao plano apresentado pela presidente de Dilma Rousseff de realizar uma assembleia constituinte para realizar a reforma política. - Eu vejo muita gente usar eventuais problemas na Constituição como escapismos. Nós não precisamos de uma Assembleia Nacional Constituinte para nada. Todas as vezes em que o Brasil precisou atualizar algo na Constituição, foram feitas as emendas, sem necessidade de uma constituinte - argumentou Gilmar Mendes.
Fonte: Agência O Globo.



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