sábado, 24 de agosto de 2013

DOSAGEM NA ECONOMIA - DÓLAR EM QUEDA

 ECONOMIA
Dólar comercial recua e dá ganhos à Bovespa
Alta na bolsa brasileira foi de 1,56% aos 52.197 pontos
Wall Street em alta na última sessão da semana, - O mercado financeiro brasileiro respirou mais aliviado nesta sexta-feira digerindo as decisões adotadas pelo Banco Central do Brasil para proteger o câmbio. - Depois de uma semana de estresse, com o dólar comercial batendo recordes de altas e o BCB entrando com leilões para inibir o avanço, a autoridade monetária adotou uma medida decisiva, principalmente, para segurar a inflação, segundo analistas de mercado. A desvalorização da moeda, nos últimos sete dias foi de 1,78% e na sessão de hoje, no interbancário, a divisa fechou com queda de 3,23% aos R$ 2,352 para a compra e R$ 2,353 para a venda. - No mercado futuro, o contrato para setembro negociado na BM&F recuava 3,42% a R$ 2,358. - "Na realidade, a decisão do Banco Central era o que o mercado esperava. No momento em que a autoridade mostrasse sua direção e controle sobre o câmbio, com toda certeza, a reação seria essa, principalmente para conter a inflação. Agora, como medida importante para garantir o bom desempenho da economia, o governo poderia definir o ajuste fiscal", considerou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo. O programa de leilões visa a proteção cambial aos agentes econômicos e liquidez ao mercado de câmbio. Agora, o BC passa a realizar o programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra. Esse programa se estenderá, pelo menos, até 31 de dezembro de 2013. Os leilões de swap ocorrerão todas as segundas, terças, quartas e quintas-feiras, quando serão ofertados US$ 500 milhões por dia. Às sextas-feiras, será oferecida ao mercado, por meio de leilão de venda com compromisso de recompra, linha de crédito no valor de US$ 1 bilhão. - Se julgar apropriado, o Banco Central do Brasil realizará operações adicionais.
Leilão
O Banco Central anunciou nesta sexta-feira (23) que realizará nesta segunda-feira (26) um leilão de swap, que equivale a compra de dólares no mercado futuro. - Serão ofertados até 10 mil propostas, com vencimento em 2 de dezembro de 2013. - As propostas serão aceitas das 09h30 às 09h40. O resultado será divulgado a partir das 09h50 desta segunda-feira. - Ainda nesta sexta-feira, pela manhã, o BC realizou mais um leilão de venda direta de dólares das reservas com compromisso de recompra futuro. A oferta chegou a US$ 1 bilhão, porém o valor emprestado só será divulgado nos próximos dias. - A taxa de câmbio usada para a venda da divisa ficou em R$ 2,3992. A operação de venda será liquidada em 2 de janeiro de 2014. A taxa de corte ficou em R$ 2,4651. - Enquanto isso, nos demais mercados acionários globais, as altas foram atribuídas aos indicadores econômicos da China zona do euro, Alemanha e, principalmente, sobre a decisão do Federal Reserve (Fed- banco central dos Estados Unidos) de postergar o início do corte de estímulos à economia local. Na ÁSIA, o desempenho dos indicadores econômicos vindos da Europa e dos Estados Unidos devolveu o fôlego às principais bolsas de valores da Ásia. Nesta sexta-feira, o mercado local fechou os negócios em alta, amenizando o que seria a maior queda semanal em dois meses. - Ao final desta jornada, em Taiwan, o principal indicador, o TSEC Weighted, subiu 0,75% aos 7.873 pontos; em Hong Kong, o principal indicador, o Hang Seng, perdeu 0,15% aos 21.863 pontos; na Índia, o índice BSE, da bolsa de Bombai subiu 1,13% aos 18.519 pontos; em Xangai, o índice SSE Composite recuou 0,47% aos 2.057 pontos; e no Japão, o índice Nikkei 225, da bolsa de Tóquio, avançou 0,89% aos 14.612 pontos. - Enquanto isso, na agenda asiática, não houve a divulgação de indicadores econômicos nesta jornada. - Na EUROPA, os mercados acionários europeus fecharam com alta nesta sexta-feira. O cenário positivo se deu com os dados da economia alemã e também do Reino Unido, que seguem em recuperação sustentável, segundo analistas. Além disso, números da zona do euro também elevaram as expectativas dos investidores. - Hoje, em Londres, o Stoxx Europe 600 ganhou 0,4%, para fechar em 304,71, depois de postar o maior ganho em três semanas nesta  quinta-feira (22). - Ao final da jornada, em Milão, o índice FTSE-MIB ficou cotada a 0,19% aos 17.342 pontos; em Madri, o índice Ibex 35 avançou 0,66% aos 8.686 pontos; em Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,25% aos 4.069 pontos; em Frankfurt, o índice DAX 30 ganhava 0,23% aos 8.416 pontos; em Lisboa, o índice PSI 20 subiu 0,32% aos 6.010 pontos; em Londres, o índice FTSE 100, ficou com valorização de 0,70% a 6.492 pontos. - Na Alemanha, o superávit orçamentário alcançou 8,5 bilhões de euros no primeiro semestre, número que representa 0,6% do PIB. A arrecadação de impostos subiu 3,8%, enquanto o gasto público aumentou 2,7% no período. - No Reino Unido, a leitura preliminar do PIB do Reino Unido mostrou alta de 0,7% no segundo trimestre, ligeiramente superior à elevação de 0,6% registrada no levantamento anterior. No período, a maior contribuição para o resultado veio do setor de negócios e serviços financeiros, com alta de 0,2%. - Na zona do euro, a confiança do consumidor registrou melhora ao sair de -17,4 em julho para -15,6 em agosto, desempenho acima do esperado pelo mercado, que projetava -17 pontos. - Na União Europeia, o nível de confiança aumentou de -14,8 para -12,8 pontos no mês. Quanto ao sentimento econômico, em julho, o índice subiu 1,2 pontos na zona do euro e 2,4 na União Europeia para 92,5 pontos e 95 pontos respectivamente. - No campo acionário, os principais índices acionários locais operam em alta, respondendo à melhora do índice de confiança. Nos ESTADOS Unidos, os principais índices acionários de Wall Street encerraram a sessão desta sexta-feira em alta pelo segundo dia, a primeira sequência de ganhos em três semanas. - Os investidores acompanham os comentários dos membros do Federal Reserve em busca de sinais quanto à redução das medidas de estímulo à economia. O mercado norte-americano reagiu também à baixa acima do esperado nas vendas de casas novas. - Ao final dos negócios, o índice Dow Jones subiu 0,31% aos 15.010 pontos; o S&P 500 avançou 0,39% aos 1.663 pontos; e a bolsa eletrônica Nasdaq teve alta de 0,52% aos 3.657 pontos. - No país, as vendas de casas novas atingiram 394 mil unidades em julho, queda de 13,4% em comparação a junho, quando foram comercializadas 455 mil casas. Na base anual, o número é de 6,8% - No BRASIL, a Bolsa de Valores de São Paulo repetiu o movimento da sessão anterior e encerrou a sessão desta sexta-feira em forte alta de 1,56% aos 52.197 pontos, a segunda elevação consecutiva. Apesar do nervosismo que marcou a semana, o Ibovespa fechou o período com alta acumulada de 1,27%. Ao final dos negócios, o giro financeiro foi de R$ 7,24 bilhões. - Segundo o analista da Leme Investimentos, João Pedro Brugger, o movimento da bolsa brasileira foi sustentado pela ação do Banco Central para conter a valorização do dólar. = A notícia impulsionou, sobretudo, os papéis de construtoras e de empresas ligadas ao setor de consumo, estas últimas favorecidas com a desvalorização dos juros. Na mesma linha estiveram as ações da Petrobras, que apresentaram forte alta pelo segundo dia, ainda refletindo as notícias de que o governo deve elevar novamente o preço dos combustíveis ainda este ano. = Por outro lado, amargaram forte queda os papéis de exportadoras, pressionados com a retração da divisa norte-americana. - Já para a sessão desta segunda-feira, a expectativa é de que o Ibovespa sustenta o viés positivo, ainda repercutindo a decisão anunciada pelo BC. - Entre as maiores alta do Ibovespa ficaram Rossi Resid ON (9,49% a R$ 3,00); PDG Realt ON (8,44% a R$ 2,44); Gafisa ON (8,04% a R$ 3,09); B2W Digital ON (7,22% a R$ 13,51) e Brookfield ON (6,21% a R$ 1,88). - Na contramão estiveram Fibria ON (-2,97% a R$ 28,10); Marfrig ON (-2,91% a R$ 6,01); Sid Nacional ON (-2,32% a R$ 8,83); Gerdau PN (-2,03% a R$ 17,35) e Suzano Papel PNA (-1,99% a R$ 8,87).
Carteira teórica
 - Dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 6 de maio a 30 de agosto) a Vale PNA (Vale5) perdeu 0,40% a R$ 32,27; a Petrobras (PETR4) teve alta de 1,53% a R$ 18,54; a OGX Petróleo ON subiu 3,90% a R$ 0,80; Itauunibanco PN (ITUB4) valorizou 3,41% a R$ 29,41; e Bradesco PN ganhou 1,93% a R$ 28,03.
Mais negociadas
Nesta sexta-feira, as ações da Vale PNA lideraram entre as mais negociadas na bolsa brasileira, com participação de 11,55% e volume de R$ 800,1 milhões. Em seguida estão Petrobras PN (8,65%, R$ 598,8 milhões); ItauUnibanco PN (5,36%, R$ 371,6 milhões), Gerdau PN (3,87%, R$ 267,8 milhões) e Bradesco PN (3,40%, R$ 253,3 milhões). - Os CONTRATOS de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda na sessão desta sexta-feira na BM&F. O que se viu foi uma desvalorização maior nos contratos com vencimentos em 2017, 0,37 p.p a 11,44%. - Perto do fechamento, os contratos para setembro de 2013 seguiam em queda de 0,01 p.p a 8,38%; os vencimentos para outubro de 2013 também recuavam 0,01 p.p a 8,67%; os contratos para novembro de 2013 perdiam 0,12 p.p a 8,85%; os vencimentos para janeiro de 2014 caiam 0,08 p.p. a 9,16%; os contratos para janeiro de 2017 tinham baixa de 0,37 p.p a 11,44%; e os vencimentos para janeiro de 2021 recuaram 0,33 p.p. a 11,77%. - "Hoje, os DIs reagiram às medidas adotadas pelo Banco Central, que mostram que o governo tem uma boa reserva de dólares. Até o final do ano serão US$ 60 bilhões e, com isso, as taxas de juros caíram. Vale lembrar também que no cenário externo, os indicadores são positivos", considerou o sócio gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi. - O economista avaliou também que o programa de leilões do BC como importante, principalmente, para conter a inflação. "- Com um dólar na casa dos R$ 2,40, com certeza teríamos uma inflação acima de 6%. Resta agora um pacote fiscal", finalizou. - A confiança  do consumidor atingiu 113,1 pontos em agosto, avança de 4,4% no comparativo mensal, recuperando as perdas ocorridas em junho e junho, período mais intenso das manifestações populares. Os dados são do Índice de Confiança do Consumidor (ICC). No entanto, apesar da melhora, o nível de agosto ainda é baixo em termos históricos, situando-se a meio caminho entre os resultados de maio e junho passado. - A inflação semanal, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), avançou 0,11 p.p na terceira leitura de agosto, com variação de 0,16%. Na apuração da semana, seis das oito classes de despesa  componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo alimentação (-0,08% para 0,03%). Nesta classe de despesa, o grupo frutas passou de -3,83% para -2%.
MATÉRIAS PRIMAS
O preço do barril de petróleo Brent para entrega em outubro fechou nesta sexta-feira em alta de 0,97% no mercado de futuros de Londres, cotado a US$ 110,97. - O petróleo do Mar do Norte, de referência na Europa, encerrou o pregão US$ 1,07 acima do fechamento de ontem, quando estava cotado a US$ 109,90. - Analistas consultados relacionaram a subida do preço do petróleo com a possibilidade que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) mantenha os estímulos monetários para encorajar a atividade depois do anúncio do descenso de 13,4% da venda de imóveis novos nos Estados Unidos em julho, a maior queda em três anos. - Além disso, consideraram que em seu preço incidiu a melhoria da economia europeia (hoje se revisou para cima o PIB do segundo trimestre do Reino Unido, de 0,6% para 0,7%, além de confirmar-se o crescimento de 0,7% da produção alemã nesse período) e a instabilidade no Oriente Médio. - O Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) fechou nesta sexta-feira em alta de 1,3%, cotado a US$ 106,42 o barril, impulsionado pelos dados negativos de vendas de casas novas nos Estados Unidos em julho, embora tenha concluído a semana com uma queda de 0,97%. - No fechamento do último pregão da semana na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos de futuros do WTI para entrega em outubro, os de mais próximo vencimento, subiram US$ 1,39 em relação ao preço de quinta-feira. - A queda da venda de casas nos EUA em julho propiciou uma desvalorização do dólar, perante a expectativa que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) possa atrasar o início da redução de seu estímulo monetário à economia do país. - Os contratos de gasolina para entrega em setembro somaram US$ 0,04 e fecharam a US$ 3 o galão (3,78 litros), enquanto os de gasóleo de calefação, também com vencimento esse mês, aumentaram US$ 0,03 para US$ 3,09 o galão. - Já os contratos de gás natural para entrega em setembro perderam US$ 0,06 e fecharam a US$ 3,48 por cada mil pés cúbicos.
Fonte: Agência Internacional BR.






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