COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge.
CÂMARA DOS DEPUTADOS
‘
O imoral fez a pousada da corrupção’
Nobres:
Aquela coisa que se qualificaria
estarrecedora entre os fatos que deprimem o conceito de um povo e de uma nação
veio transformar-se em fato normal e afiançou com frente de atendimento a
corrupção em vez da razão promovida pela Câmara dos Deputados em que tomou a
deplorável decisão de se negar a cassar o deputado federal Natan Donadon
(ex-PMDB-RO), preso há dois meses por corrupção. Numa votação em que chamou atenção
a significativa ausência de parlamentares de todos os Estados e partidos,
incluindo membros da bancada do Ceará, por deputados bem conhecidos e bastantes
acostumados na prática desse ato que impera o aval de corruptos. No “mérito” a
proposta de perda de mandato obteve apenas 233 votos dos 257 necessários para
sua aprovação, numa manobra escusa e que reincide da parte do padrão daquela
Casa Legislativa. . O parlamentar está preso há dois meses na Penitenciária da
Papuda, em Brasília, e teve a desfaçatez de qualificar a vida na cadeia de
“desumana” adjetivo provavelmente adequado, mas que não há registro de ter sido
utilizado por ele antes de ser condenado a pagar por seu crime e de se queixar
de ter sido conduzido ao xadrez num camburão. Cabe ressaltar que o próprio
Supremo Tribunal Federal (STF) havia condenado e determinado à Polícia Federal
que prendesse imediatamente Donadon. Cumpriu, assim, a mais alta Corte do país
com seu dever de administrar justiça, em contraste com a atitude inominável da
Casa Legislativa à qual cumpria privá-lo de suas funções. Cria-se, assim, o
bizarro cenário em que um parlamentar condenado no transcurso do mandato por
peculato e formação de quadrilha cumpre pena privativa de liberdade ao mesmo
tempo em que conserva o pleno exercício das prerrogativas parlamentares.
O resultado da votação favorável a Donadon mostrou-se possível, mais uma vez, pela deformação do voto secreto. Esse instrumento permite o anonimato aos representantes eleitos pelo voto que acobertam a corrupção e outros malfeitos. Enquanto a cortina do voto secreto não for removida, é improvável que o parlamento se disponha a colocar a ética acima do corporativismo. Deputados são invioláveis por suas opiniões e suas atitudes no exercício do mandato. O segredo do voto parlamentar é uma excrescência que tem, nos tempos atuais, uma única serventia: a de acobertar os maus políticos. Podem e deve os congressistas eliminar, nas duas Casas do parlamento, esse instrumento perverso que mina os alicerces da democracia brasileira se não, desmoralizar o processo político do país.
O resultado da votação favorável a Donadon mostrou-se possível, mais uma vez, pela deformação do voto secreto. Esse instrumento permite o anonimato aos representantes eleitos pelo voto que acobertam a corrupção e outros malfeitos. Enquanto a cortina do voto secreto não for removida, é improvável que o parlamento se disponha a colocar a ética acima do corporativismo. Deputados são invioláveis por suas opiniões e suas atitudes no exercício do mandato. O segredo do voto parlamentar é uma excrescência que tem, nos tempos atuais, uma única serventia: a de acobertar os maus políticos. Podem e deve os congressistas eliminar, nas duas Casas do parlamento, esse instrumento perverso que mina os alicerces da democracia brasileira se não, desmoralizar o processo político do país.
Antônio Scarcela Jorge.
OPINIÃO
'figuras carimbadas' na bancada cearense nestas ações - são de costumes permanecerem e saírem dos gabinetes e se ausentarem do plenário para "disfarçar" e se aliar o corporativismo corrupto e imoral do parlamento brasileiro. - Todos reincidentes. Se dizem moralistas "santos" algum até de posta diante do altar numa proclamação absurda na fé cristã. = Meu Deus! - quando o eleitor, o maior responsável em colocar a representação parlamentar que nós temos irá se conscientizar, não estabelecendo um balcão de negociação do seu próprio voto como acontece? - O esteio de democracia por excelência não fundamenta representação na penitenciária da Papuda, infelizmente "absolvidos" por manobras estratégicas de deputados no plenário da Câmara em comum pela rede doentia do corporativismo mas se roga personalidades íntegras, sadias, para elevar o país. - Este país não é nada sério! - Temos que rogar a "filosofia gaullista".
*o comentarista.
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