domingo, 18 de agosto de 2013

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 18 DE AGOSTO DE 2013



COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

DESLUMBRADO PELO PODER

Nobres:
No mundo político onde a fantasia sobrepõe os anseios antes à vontade de trabalhar foi jogado por terra no sentido de optar ao seu redor sendo tragado por aliados “imperialistas” que se padronizam pelo “amigar-se” as ações escusas e corruptas.  Semelha que, para algumas autoridades e não é de hoje nem deste ou daquele partido, elas se movem não em um mundo de sonhos, mas, sim, em um mundo em que seus desejos, sempre que atendidos, constituem a realização dos devaneios. Suas impressões éticas sofrem uma forma de mutilação na base da própria satisfação, sem importar toda a consciência coletiva o sofrido povo. Certos políticos parecem  prisioneiros de um estado mental de alienação social, incapazes de evadir-se dele, porque lhes falta o aparelho psíquico de percepção da realidade em que vivem, com seus problemas crônicos, frases e promessas repetidas, mas jamais cumpridas, e a impunidade sistemática obtida nas filigranas jurídicas que permeiam os códigos penais. Se os políticos que cometem deslizes tivessem a percepção da realidade, encontrariam a chave que lhes permitiria a liberdade de agir eticamente sempre e isso os libertaria - pois a verdade sempre liberta -, e seria o caminho natural para onde se abrigariam. É enjoativamente repetitivo ficar analisando casos de corrupção, inclusive os que estão ocorrendo, lamentavelmente em comunhão de pessoas que se abrigam do poder, consequentemente usam da “bajulação” como “único mérito” de se instar no governo, não se pode fugir da notícia. Esperar soluções é uma retórica enfadonhamente repetitiva até porque um problema bem identificado é um problema metade resolvido, segundo os melhores analistas. A questão que se coloca, entretanto, é que estamos identificando, denunciando, reclamando e clamando por soluções de problemas há muitos anos e o que vemos são apenas repetições, com uma ou outra novidade, geralmente tecnológica, no modo de operação das fraudes ou da ausência de moral. Somam-se os pretextos, enquanto a sociedade não retomar com sua soberania.
Antônio Scarcela Jorge.

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