O Ministro da Fazenda, Guido
Mantega, durante coletiva de imprensa para o anúncio do orçamento de 2014 no
Ministério do Planejamento, em Brasília. O crescimento do Brasil no segundo
trimestre foi mais forte que o esperado pode recompor a confiança na economia e
o país deve voltar a ter uma expansão anual média de 4 por cento em 2014, disse
Mantega.
O Ministro da Fazenda, Guido
Mantega, durante coletiva de imprensa para o anúncio do orçamento de 2014 no
Ministério do Planejamento, em Brasília. - O crescimento do Brasil no segundo
trimestre foi mais forte que o esperado pode recompor a confiança na economia e
o país deve voltar a ter uma expansão anual média de 4 por cento em 2014, disse
nesta sexta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega. - A economia brasileira
cresceu 1,5 por cento no segundo trimestre sobre os três meses iniciais de 2013
e 3,3 por cento contra um ano antes, informou mais cedo o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). - O resultado, cujos destaques foram
principalmente o avanço dos investimentos e o desempenho da agricultura,
ficaram bastante acima da estimativa de expansão de 0,9 por cento, segundo
pesquisa Reuters com analistas e economistas. "Mesmo com desafios, estamos
mantendo e até acelerando crescimento, mostrando que o Brasil está preparado
para atravessar momentos difíceis na economia internacional", disse
Mantega a jornalistas, em entrevista coletiva para comentar os números do PIB.
- "Com o resultado do segundo trimestre, podemos ter recomposição da
confiança na economia brasileira", afirmou. - Inflação elevada, fraco
crescimento da atividade e dúvidas sobre as políticas fiscal e econômica estão
entre as causas citadas por agentes econômicos e investidores para uma menor
confiança no Brasil. Para Mantega, o pior momento da economia devido à crise
global já passou, tanto para o mundo quanto para o Brasil. - O ministro evitou
fazer prognósticos sobre o desempenho do PIB no terceiro e no quarto
trimestres, afirmando que os dados disponíveis "são incipientes". Em
termos qualitativos, disse que a trajetória do Brasil é de crescimento moderado
até o fim do ano, ainda que, admitiu isso não seja linear. - Olhando mais à
frente, Mantega declarou que em 2014 o país deve voltar a apresentar uma taxa
média de crescimento de 4 por cento. Sobre o segundo trimestre, Mantega
comentou que o país teve um "crescimento de qualidade", puxado por
agricultura, indústria e investimentos, destacando que o país caminha para ter
um bom desempenho da formação bruta de capital fixo --uma medida do
investimento que subiu 3,6 por cento de abril a junho ante o primeiro trimestre.
- Em relação ao consumo das famílias, que teve alta de 0,3 por cento no segundo
trimestre ante o primeiro, Mantega avalia que tende a acelerar nos próximos
meses, embora esteja crescendo menos.
CÂMBIO
Questionado sobre a recente
disparada do dólar ante o real, Mantega disse que o movimento no câmbio se deve
principalmente ao mercado futuro, e não é necessariamente por saída de dólares
do país. - A moeda norte-americana chegou a ser negociada a 2,45 reais na
semana passada, no maior nível em quase cinco anos. O Banco Central iniciou em
23 de agosto um programa de intervenção diária no câmbio para prover liquidez e
hedge. Nesta sexta-feira, o dólar valia cerca de 2,38 reais por volta das 13h.
- Mantega reafirmou que as incertezas sobre a continuidade do programa de
estímulo monetário pelo Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, têm
causado turbulências nos países emergentes. - Segundo o ministro, tem havido
ingresso de capitais no Brasil e o governo possui instrumentos para moderar
movimentos bruscos no câmbio.
Fonte: Reuters.
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