COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge.
NOVO PROJETO EDUCAÇÃO.
Nobres:
O ponto de questionamento é
transcendental a cada governo, porém ao longo dos anos não se vê efeitos
desejados. Porém de forma inesperada a sociedade desertou e se “atirou” nas
ruas demonstrando o governo que não pode se estagnar o atual estado onde os
governantes se acomodaram. Neste aspecto se tomou questões para os setores de
maior convivência para sociedade onde direciona a Educação, fator que leva as
causas a diversificados setores. Por esta razão o governo diligencia através do
(MEC) que analisa a possibilidade de levar professores a locais nos quais os
profissionais de ensino inexistem ou são em número insuficiente é promissor num
país tão carente de investimento na área escolar como o Brasil. É ponto
pacífico que o atingimento das 20 metas do Plano Nacional de Educação,
atualmente em tramitação no Senado, só será possível se houver a devida
valorização da função docente. Essa valorização “passa pela elevação do nível
salarial, mas também por um conjunto de instrumentos que aperfeiçoem as
condições do exercício profissional”. Uma política que permita recrutar
professores para atuar em regiões hoje desassistidas só pode contribuir para
reverter o quadro atual, no qual os educadores não têm perspectivas de futuro e
vivem aos sobressaltos. Ainda assim, a intenção não pode repetir erros como os
que cercam o programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde, no qual a
iniciativa se inspira. Um dos aspectos a ser detalhado pelo MEC é o dos
critérios de seleção de profissionais. A intenção do ministério é de que,
mediante o pagamento de uma bolsa, professores se disponham a atuar nessas
escolas. Estabelecimentos com rendimento insuficiente seriam beneficiados com a
alocação de professores com perfil de excelência a fim de melhorar o ambiente
acadêmico. Na falta de profissionais disponíveis na rede pública, o governo
tentaria atrair professores aposentados interessados em retornar à sala de
aula. Não resta dúvida de que essas e outras diretrizes precisam ser mais bem
configuradas a fim de evitar desnecessários dissabores como a atual
controvérsia jurídica em relação aos contratos de trabalho dos profissionais que
participam do Mais Médicos. O Mais Professores faz parte do Compromisso
Nacional pelo Ensino Médio e tem como objetivo, prioritariamente, contemplar
municípios com um baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A
sociedade, não apenas o Estado, mas as empresas e as famílias precisa se envolver
nesse debate. O país tem de avançar em direção a mais e melhor educação. Um dos
pressupostos para garantir esse salto deve ser mais qualidade, e não apenas
mais quantidade. O imenso acúmulo teórico e prático obtido por décadas de
gestão da educação e as inúmeras experiências valiosas da União, dos Estados e
dos municípios nesse terreno devem servir de parâmetro para que se estabeleçam
metas claras e exequíveis e não se dispersem recursos materiais nem humanos. Os
desafios do Brasil em áreas como saúde e educação são graves demais para que se
tratem esses problemas apenas como campo de testes para experimentos
descontinuados, com caráter meramente eleitoreiro e de cunho populista onde se
colocam a “priore” quase todas as ações de governo aguardar não ser mais uma
experiência.
Antônio Scarcela Jorge.
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