COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
UMA GERAÇÃO PERDIDA
Nobres:
Agora
o país trabalha para obter pesquisas no sentido de complementar os dados que se
tornarem elementares para cada setor ativo de melhoramento da sociedade. É que
imaginamos. No sentido contextual dentro de analisar essas questões através da
mídia evidenciamos com mais uma surpresa completamente cabível no cenário
nacional: - É deveras preocupante a informação de que cerca de 1,5 milhão de
jovens entre 19 e 24 anos, concentrados nas faixas mais pobres da população
brasileira, não trabalham, não estudam nem procuram emprego. Extraído de
pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, o
dado reflete um fenômeno já abordado em outros estudos: o de uma geração que,
de tão expressiva, já vem sendo designada pelo neologismo “nem-nem-nem”.
Segundo o levantamento, esses jovens, excluindo donas de casas e mulheres com
filhos, passaram de 8% da população total nessa faixa etária em 2006 para 10%
em 2011. Os nem-nem-nem estão expostos a uma fragilidade tripla. Em primeiro
lugar, cerca da metade deles (46%) podem ser considerados pobres, uma vez que
vivem em domicílios situados entre os 40% mais pobres na distribuição de renda.
Em segundo, a maioria possui baixa escolarização e qualificação, o que
certamente limitará suas opções caso desejem procurar emprego depois dos 24
anos. Por último, são consideráveis as chances de que, ao chegar à idade
madura, venham a se tornar dependentes de benefícios sociais, como programas de
transferência de renda do governo.
Os nem-nem-nem são um fenômeno relativamente recente no país. Ao deixarem de procurar emprego, tornam-se invisíveis para as pesquisas de emprego e se colocam fora do alcance de políticas sociais que permitiriam sua preparação para inclusão no mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, sua inatividade é um fator a torná-los presas mais fáceis para a delinquência e o crime. Por mais difícil que seja o acesso a esses jovens, é urgente contatá-los para que sejam recuperados para uma vida produtiva. No momento em que assiste a uma melhoria significativa de seus indicadores sociais, especialmente os que se referem à escolaridade média da população, o Brasil não pode se dar o luxo de acalentar uma origem submergida. “Isto é Brasil”!
Os nem-nem-nem são um fenômeno relativamente recente no país. Ao deixarem de procurar emprego, tornam-se invisíveis para as pesquisas de emprego e se colocam fora do alcance de políticas sociais que permitiriam sua preparação para inclusão no mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, sua inatividade é um fator a torná-los presas mais fáceis para a delinquência e o crime. Por mais difícil que seja o acesso a esses jovens, é urgente contatá-los para que sejam recuperados para uma vida produtiva. No momento em que assiste a uma melhoria significativa de seus indicadores sociais, especialmente os que se referem à escolaridade média da população, o Brasil não pode se dar o luxo de acalentar uma origem submergida. “Isto é Brasil”!
Antônio
Scarcela Jorge.
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