quarta-feira, 31 de julho de 2013

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 31 DE JULHO DE 2013



COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

AÇÕES EQUIVOCADAS

Nobres:
Não precisa ser “economista e cientista social” para perceber as ações equivocadas do governo no sentido prático instar a percepção das causas em que levaram a manifestar sua repulsa em protestos que tomaram conta de todo o país contra a política e os políticos. É visível a fadiga das representações sindicais, associativas e o enfraquecimento dos partidos. Neste cenário, a sociedade passou a protestar sem uma pauta definida de reivindicações. Este fato demonstra uma crise de representatividade e legitimidade. O cidadão deixou de sentir-se representado. Não são poucas as zonas de desconforto que separam os brasileiros da atual configuração de nossa "democracia representativa". Existe uma alta carga tributária e uma contraprestação estatal insuficiente. Os casos de corrupção, para completar, são divulgados todas as semanas pela imprensa. O governo brasileiro utiliza-se do PIB isoladamente para nortear as políticas públicas, o que acaba sendo um grande equívoco. Isso porque o PIB é um índice de mensuração importante em relação ao desenvolvimento econômico, mas é cego para visualizar as necessidades que determinam o desenvolvimento humano. O PIB leva em consideração a produção nacional e a renda per capita, mas ignora fatores importantes como a qualidade da educação, saúde, distribuição de renda, segurança, transportes públicos, meio-ambiente equilibrado, previdência, acesso à justiça e cultura.  Quando a presidenta da República comemorou o aumento do PIB, no seu primeiro ano de mandato, o fez como se isto tivesse beneficiado a toda população brasileira. Não foi o que ocorreu. Não seria a hora do Estado brasileiro mudar rumos e paradigmas de  desenvolvimento com a adoção de políticas públicas consistentes e não meramente assistencialistas? – Chegou a hora de dar mais atenção aos atos de governo, não priorizar o protecionismo no atendimento dos segmentos aproximados de seus aliados e marchar para uma política onde a ação planejadora abdique de metas que não priorize o corporativismo.
Antônio Scarcela Jorge.

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