Sereno adeus a Dominguinhos, o discípulo maior de Gonzagão.
Após meses de internação, o
músico morreu em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas.
Saudade assim é ruim. Longe dos
palcos desde o dia 17 de dezembro de 2012, quando foi internado com arritmia
cardíaca e infecção respiratória, Dominguinhos faleceu ontem. Admirado e
querido em todo o Brasil, José Domingos de Morais, natural de Garanhuns, tinha
72 anos, completos no último dia 12 de fevereiro e mais de 50 anos de carreira.
- Ele faleceu, às 18h, de acordo com o último boletim oficial divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês. O cantor lutava contra um câncer de pulmão há sete anos. No dia 13 de janeiro, a pedido da família, o músico foi transferido para o Sírio-Libanês, em São Paulo. Segundo o boletim médico divulgado pelo hospital, ele morreu de complicações infecciosas e cardíacas.
Tradição nordestina.
- Ele faleceu, às 18h, de acordo com o último boletim oficial divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês. O cantor lutava contra um câncer de pulmão há sete anos. No dia 13 de janeiro, a pedido da família, o músico foi transferido para o Sírio-Libanês, em São Paulo. Segundo o boletim médico divulgado pelo hospital, ele morreu de complicações infecciosas e cardíacas.
Tradição nordestina.
Um dos principais guardiões da
musicalidade tradicional nordestina e discípulo de Luiz Gonzaga, pouco antes de
ser internado, Dominguinhos haviam participado das comemorações do centenário
do rei do baião, em Exu (PE). Sentado, ele cantou e empunhou à sanfona alguns
dos clássicos de Luiz Gonzaga, além de sucessos de sua autoria como "Eu Só
Quero um Xodó" e "Lamento Sertanejo". Uma apresentação curta e
memorável que marcou também sua despedida. Liv Moraes, sua filha, o acompanhou
no palco. - Dominguinhos tinha diabetes. Em 2011, chegou a cancelar shows por
conta do agravamento de seu estado de (discípulo de Gonzaga - FOTO)
saúde, sendo submetido a um cateterismo e
uma angioplastia. A última internação aconteceu em Recife, sendo transferido a
pedido da família para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Carismático,
sereno, dono de uma voz forte e um toque único à sanfona, Dominguinhos se
destacou ainda como um dos grandes compositores da música popular brasileira.
Daqueles que cantamos, muitas vezes sem saber quem é o autor. - Com mais de 40
discos lançados, ele assina clássicos como "Lamento Sertanejo",
parceria com Gilberto Gil, "Pedras Que Cantam", com Fausto Nilo, as
parcerias com Nando Cordel, "Isso Aqui Tá Bom de Mais", "De
Volta Pro Aconchego" e "Gostoso Demais", ou "Tantas
Palavras", com Chico Buarque. Sua primeira esposa, Anastácia, foi também
uma das grandes parceiras de composições, com quem fez "Eu Só Quero um
Xodó" e "Tenho Sede". - O nome artístico, Dominguinhos, também
foi um presente de Luiz Gonzaga. Começou a tocar sanfona ainda cedo, ao seis
anos de idade, por influência do pai, o afinador e sanfoneiro conhecido como
Mestre Chicão. - Ao todo, foram mais de 40 discos gravados. O primeiro deles,
Fim de Festa, em 1964, pela gravadora paulista Cantagalo. Entre os mais
recentes, destaque para "Dominguinhos ao vivo" (2001), primeiro disco
nascido da gravação de um show, no Sesc Pompéia, em São Paulo. - Entre os
prêmios recentes que recebeu por sua obra, em 2002, foi vencedor do Grammy
Latino com o disco "Chegando de Mansinho". Em 2007, ganhou o Prêmio
TIM na categoria Melhor Cantor Regional pelo álbum “Conterrâneo” (2006) e no
ano de 2010 foi homenageado no Prêmio Shell de Música Brasileira, recebendo a
premiação pelo conjunto da obra.
Fonte: Agência Brasil.
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