quarta-feira, 17 de julho de 2013

OPINIÃO - COLUNISTA - DN



IDEIAS – DN.

A mentira

A mentira não tem pernas tão curtas, como se apregoa. Há delas longas, e as mentiras, de tão repetidas, ganham foros de verdade. Ensinadas nas escolas, figurando em livros. De um tempo a esta parte, a história do Brasil vem sendo recontada, pela ação de historiadores de verdade e da verdade. A história pátria sempre foi um repositório de mentiras repetidas à exaustão, para criar nas mentes falso ufanismo. Na política, na administração, nos negócios, a mentira sempre se fez presente. Há um fábrica de produzir mentiras, trabalhando 24 horas, nas múltiplas mídias, e na imprensa, quando dirigida para fins espúrios. Também trabalha para fazer de covardes, heróis; de mediocridades, sumidades; de presunçosos, modelos de humildade. A outros crucifica em vida. - Os exemplos são muitos, as calúnias, irreparáveis. Disseram tanto de tanta gente, e os fatos posteriores demonstraram o contrário. Juscelino teria construído Brasília por ser dono de todos os terrenos. César Cals, ministro das Minas e Energia, teria ajuntado fabuloso tesouro. Mário Andreazza, ministro do tempo dos generais, seria detentor de imensurável riqueza. Quantos fatos, quantas mentiras, quantas aleivosias, delas não poupando sequer as esposas e os familiares. Nisso, e por isso, não se entende a razão de tanta ganância pela conquista do poder, a razão de tanta briga, tanta mesquinharia. Geralmente, o preço a pagar é alto, bastante alto. Há sempre uma mentira à espreita, uma rede de arrastão preparada, uma perfídia a ser proferida e ensinada. Há também a hipocrisia dos fariseus modernos, transformados em arautos da verdade.
Eduardo Fontes.
Jornalista e Administrador
Fonte: DN.

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