quarta-feira, 24 de julho de 2013

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 23 DE JULHO DE 2013



COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

DOAÇÃO DAS CAMPANHAS ELEITORAIS TORNA-SE RECIPROCIDADE ESCUSA..

Nobres:
O nosso Brasil dominado em sua maioria por políticos que aspiram ações escusas (bem dito foi o então presidente francês  Charles de Gaulle que assim estimou). Entre milhares de ações quando se formata a legislação; - primeiro se especifica vertentes que estabeleça dar margem para promover o inverso de sua constituição. Isso faz lembrar um ex-secretário de educação deste município ao ser abordado com determinações azadas “dizia: - “É, mas, não é” – o ditado era simples e objetivo para discorrer tudo que vem neste âmbito. O país é “engraçado” para os políticos para que na prática depois coloquem a inversão de valores sempre consignados objetivando a proteção de elemento de corporativismo.  Dentro dessa premissa: vem começar pelas campanhas eleitorais que teoricamente implica “benevolência de pessoas física e de empresas privadas em troca de favores posteriores as eleições (favores devolvidos pelo candidato, quando eleitos ou não, as custas do erário: primeiramente   é reconhecido como principal fator da corrupção na administração pública, o financiamento das campanhas eleitorais aparece sempre como item obrigatório da reforma política. Ainda assim, é visto de forma completamente diferente por políticos e pelos contribuintes de maneira geral. A maioria dos parlamentares, numa admissão explícita de fragilidade moral, advoga o financiamento público como panaceia para se evitar que os eleitos fiquem devendo favores para quem os financia. Já os cidadãos, por não confiarem nos seus representantes, rejeitam a ideia de destinar mais dinheiro dos impostos para partidos e candidatos, sem a segurança de que muitos políticos não continuarão recebendo por fora dos financiadores privados. O atual modelo de custeio, composto de um Fundo Partidário, (um dos objetivos para propor reiteradamente a criação de partidos, tudo no olho do dinheiro a disposição do famigerado Fundo (este - para o povo que “paga a conta” revestida pela onerosa carga de impostos  estabelecida obrigatoriamente, mas para os políticos a “mina de ouro” que nem precisa ser lapidada) na prática é bancada por dinheiro público, e de doações em valor ilimitado por parte de cidadãos e empresas, caiu em descrédito também pela reconhecida incapacidade dos órgãos de fiscalização de evitar o uso de caixa 2. Para atenuar mais um desleixe, enquanto os cientistas laboratoriais do maquiavelismo político, vem de ser, a alternativa mais viável no caso das doações é proibir contribuições por parte das empresas, restringindo-as a pessoas físicas e somente até um determinado teto, desde que não opere a “lavagem de dinheiro” (onde a receita teima em desconhecer). Esta alternativa é deveras vivedoura, tanto que vêm defendendo segmentos da sociedade civil, entre os quais a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A proposta mantém o Fundo Partidário nos valores atuais e prevê a criação de um sistema de contribuições de pessoas físicas, com limite por CPF. A mudança reduziria as margens para desvios por parte de fornecedores do setor público e estimularia os políticos a buscar um contato mais permanente com suas bases. Obviamente, a proibição de doações por pessoas jurídicas forçará uma redução de gastos com as campanhas eleitorais. O eleitor só terá a ganhar com isso, pois os candidatos precisarão recorrer a propostas mais convincentes, com menos ênfase em estratégias de marketing, que na maioria das vezes só servem para dissimular a falta de projetos. A adoção de um modelo mais identificado com a austeridade fará bem ao país. Os brasileiros saíram às ruas, entre outras razões, para manifestar sua insatisfação com a forma como a política é financiada hoje e para deixar claro que não estão dispostos a bancar excessos de campanhas. Há muitas áreas essenciais e mais relevantes para as quais faltam recursos. Os parlamentares que, mesmo pressionados, até agora não conseguiram fazer a reforma política avançar, precisam encarar a sério essa demanda. Assim não pode impor seriedade num processo já bastante surrado que poderia clarear um pleito eleitoral para ser excelência.
Antônio Scarcela Jorge. 

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