quinta-feira, 11 de julho de 2013

COMENTÁRIO - ANTÔNIO BEZERRA CAMPOS



Ao Blog do Scarcela Jorge
ARTIGO DE SEGUNDA

Apagou-se uma luz

Brasília lamenta a perda de um dos seus maiores agito-articuladores. Morreu, nesta terça-feira (2), no Rio, onde se encontrava internado, o cantor, compositor, escritor e, sobretudo empresário do setor de gastronomia, entretenimento, diversão e cultura, sendo desta última reconhecido agitador, Jorge Ferreira. - Este multifacetário homem, que desde o ano 1985 habitava Brasília, originário das plagas mineiras , aqui empreendeu e, não surpreendentemente, tornou-se uma das lideranças da Capital, lembrado e benquisto por todos enquanto poeta e empresário o que demonstra, claramente a harmonia que reina entre os aparentes paradoxos. Jorge teve a rara capacidade de harmonizar o ócio ao negócio e a vagabundagem sagrada da poesia ao sucesso, calcado no empreendedorismo comercial com requinte e ética. Foi assim que Jorge Ferreira deixou sua marca por onde tenha passado. Trabalhando exaustivamente e fazendo conciliares com simplicidade situações conflituosas entre a razoabilidade do empresário e o coração de manteiga do poeta. - Jorge era o dono, dentre outros grandes empreendimentos, do Feitiço Mineiro, do Armazém do Ferreira, do Bar Brasília e do Mercado Municipal, todos reconhecidamente bem sucedidos, idealizados e regidos pela batuta maestral de Ferreira, Com tudo isso e muito mais, mais que tudo era a sua arte de unir pessoas, que seria capaz de fazer de Lula, quem sabe, vice de Fernando Henrique ou de Aécio, em negociação ímpar, fazendo com que seu recomendado reconhecesse que as coisas como estão indo podem ficar pior, e que, por isso, seria hora de devolver o poder, sem devolvê-lo por completo, uma esdrúxula coalizão, mas que seria uma forma de governar, dividindo "as responsabilidades”. - Bem. - divagação à parte, ajustes celebrados, harpas afinadíssimas, coral, fanfarra, muito som e música de qualidade devem ter sido compostas e altas novas canções celestiais estariam reservadas, preparando grande concerto para a recepção do neo-maestro, que deixa a sua batuta terrestre para experimentar outra seara, onde decerto os movimentos são outros.
Antônio Bezerra Campos
Advogado e colunista do Jornal Brasília Capital
Novarrussense.


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