segunda-feira, 22 de julho de 2013

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 22 DE JULHO DE 2013



COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

PARLAMENTARISMO PARA O BRASIL POLITIZADO.

Nobres:
Há pouco dias diante da pressão popular nas ruas, a presidente da República, Dilma Rousseff, e o Congresso Nacional até colocaram em ajusta matéria que seria da maior relevância para o futuro da Nação, com o anúncio da decisão de promover, com certa urgência, uma reforma política, na expectativa de melhor ordenar a vida pública em nosso país. Uma das formas ensejaria o povo escolher em consulta plesbicitaria o sistema de governo, que sem antes a população se envolveu pela força publicitária da campanha em prol do presidencialismo. Entre outros aspectos se estabelecia em sua magnitude ensejada na Constituição de 88 o modelo era propício para o parlamentarismo, um sistema político empregado nas maiores nações do mundo, especialmente na Europa: - onde Inglaterra, Franca, Alemanha, Itália, Suíça, exercitam a sua plenitude. Desde o Brasil república os políticos optaram pelo sistema presidencialista, tendo por base os Estados Unidos da América (U.S.A. ) desde sua independência e tornou-se estabilidade política como exceção entre as nações do mundo. Outras nações com atenção a América Latina, vez por outra são “eleitas” crises em função do centralismo de comandado por um Chefe de Estado e Chefe de Governo. De princípio este modelo foi adotado em 1961 no sentido de atenuar um princípio de rebelião militar que ensaiava a tomada de poder pelos militares, quando logo se voltou o presidencialismo e mais tarde consolidada com o regime de exceção democrática no país que perdurou cerca de 21 anos.  Com o retorno a democracia em 1985. Instalada a Constituição ficou para o povo delegar o sistema referendado por consulta plesbicitaria onde o seu modelo era aproximar por excelência parlamentarista. Entretanto o resultado não foi o esperado. - Frutado esse anseio, e pior, ao deixarem dele a medida provisória que lhe é específica, mas inadequada sua presença no presidencialismo puro, o que abastardou o Congresso Nacional e que, dentre outros males, acabou gerando o mensalão, fico agora na expectativa de adequadas correções. Não sendo possível o parlamentarismo, na sua originalidade, diante do plebiscito  de 1993, que estabeleceu o voto direto para a presidência da República, seria mais que apropriado que o Brasil olhasse para o modelo presidencialista de Portugal e França, nos quais temos um presidencialismo com o poder moderador, e daria regular função para o uso da Medida Provisória. Diante do inesperado impacto da sociedade que se mobilizou em função da letargia do governo em cumprir suas metas anunciadas em programas essenciais a atividade popular o governo parece sensibilizado em atender os pleitos, gerando como solução mais adequada dar prosseguimento a tão ansiosa reforma política. Voltou-se o governo para retomar em ação preceitos da Carta constitucional que propiciaria outra vez a escolha popular de forma racional e politizada deixando de lado a forte contradição com a legislação constitucional vigente, que afora daria tal adequação do sistema de governo com a medida provisória, no sistema eleitoral, mais que urgente e oportuno seria a presidente e o Congresso Nacional decidirem pelo voto distrital misto. Voto distrital misto, modelo Milton Campos, que creio seria mais adequado que o modelo alemão. Com a campanha restrita a cada distrito eleitoral, o candidato ficaria mais próximo do eleitor, e mais transparente suas ações de campanha, o custo e a prestação de contas, e o exercício do mandato. Sua atividade parlamentar, depois de eleito, também ficaria mais transparente perante os eleitores do distrito que o elegeu. Esta proposta contemplaria o fortalecimento dos partidos, e principalmente do próprio sistema político-democrático nacional, melhorando o sistema eleitoral e resolvendo o esvaziamento do Legislativo, com a medida provisória no presidencialismo, quando ela é do parlamentarismo, ao qual se vincula para sua eficácia democrática, mas pode conviver com o presidencialismo. E ainda assegura melhor viabilização do financiamento público de campanha. Entretanto a força corporativista procura emperrar quando tratar-se o mínimo de uma urgente e importante reforma política, numa grandiosa tarefa que urge ser equacionada, e, sem a qual, creio impossível conseguir-se também a tão reclamada reforma tributária. Portanto se entende para um melhor desenvolvimento político se faz necessário promover antes de tudo essa reforma certamente virá por pressão da sociedade.
Antônio Scarcela Jorge.

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