sábado, 13 de julho de 2013

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 13 DE JULHO DE 2013



COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
FANTASIA À REALIDADE. BRASILEIRA

Nobres:
O país vivencia por acuidade, que milhares de pessoas, especialmente jovens, foram às ruas, alguns com cartazes de advertência - essas evocando os grandes problemas brasileiros. A fim de opinar sobre esses acontecimentos, foram chamados a opinar, sociólogos, historiadores, professores universitários, lideranças sindicais e religiosas, empresários, profissionais liberais e outros personagens de projeção social. Através deles, as causas das manifestações populares foram interpretadas de forma diversa e difusa. Houve até quem dissesse que estaria o País no vestibular de uma revolução cultural à chinesa - agitações político-ideológicas, lideradas por Mao Tsé-tung, que foram cruento disfarce do fracasso do plano econômico comandado pelo “Grande Timoneiro” comunista. Todavia, todas das opiniões foram unânimes quanto à eficácia das convocações para os movimentos através das redes sociais. - Por fim, das mais expressivas reivindicações decorrentes dos protestos dos movimentos de junho pode-se concluir que, para atendê-las, o Estado brasileiro (instituições federais, estaduais e municipais) deverá concentrar seus investimentos preponderantemente - quase exclusivamente - em saúde, educação e segurança pública. Ora, isso conduz o Estado nacional para muito perto do que a esquerda brasileira condena: o “Estado mínimo”, no caso, dirigido prioritariamente para saúde, educação e segurança pública. Ademais, isso contraria o comportamento político tradicional do setor público tradicional - que põe, por exemplo, os cargos de funcionalismo comissionado, os suntuosos edifícios públicos e o asfalto de estradas como primeiras prioridades de governo. A sociedade vive de utopias. Por isso, é preciso caminhar. Sem parar no sentido de empreender consciências elementar e racional, mesmo pouco distante da realidade social do país, onde as camadas sociais de menor projeção econômica se protegem com o fanatismo da força populista do governo.
Antônio Scarcela Jorge

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