segunda-feira, 4 de agosto de 2014

"REGRADO A PIZZA"

 PETROBRAS
GOVERNO NEGA FRAUDES EM CPI

Enquanto governo defende-se em nota, PSDB anuncia representação contra envolvidos.

Brasília. Em nota publicada ontem, a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência República, comandada pelo ministro Ricardo Berzoini, afirma que "não elaborou perguntas para uso dos senadores" que integram a CPI da Petrobras no Senado. A nota também traz a informação de que o assessor especial da Pasta, Paulo Argenta, teria garantido que "jamais" preparou as questões que foram antecipadas aos diretores da estatal que prestaram depoimento.

Reportagem publicada neste sábado (2) pela revista "Veja" mostra suposto diálogo entre servidores da Petrobras em que tratam sobre uma trama para antecipar as perguntas que seriam feitas aos depoentes da CPI. A revelação do esquema constaria em vídeo gravado durante uma reunião entre o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, o advogado da empresa, Bruno Ferreira, e um terceiro personagem ainda desconhecido. No diálogo que constaria no vídeo, Barrocas revela a suposta participação na elaboração das perguntas de Argenta, do assessor da liderança do governo do Senado, Marco Rogério de Souza, e do assessor da liderança do PT na Casa, Carlos Wetzel. A estratégia de combinar perguntas e respostas teria sido estreada em 20 de maio, quando o ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, depôs.

Na ocasião, o relator, senador José Pimentel (PT-CE), teria dado o "gabarito" a Gabrielli. Para fazer chegar o material ao ex-presidente da estatal, Pimentel teria recorrido ao ex-presidente da estatal José Eduardo Dutra, que hoje ocupa cargo de direção na empresa, e à atual presidente, Maria Graça Foster.

O candidato a vice-presidente e líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), afirmou que o partido entrará com representações - provavelmente no Senado e no Conselho de Ética da Presidência - contra a presidente Dilma Rousseff, parlamentares, funcionários da Petrobras, do Senado e da Secretaria de Relações Institucionais pela suposta fraude na CPI da estatal. Para o tucano, “é impossível que ela não soubesse da suposta fraude e, por isso “é, pelo menos, responsável moral”“.
Fonte: Agência Brasil.


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