MARINA AUTORIZA CONSULTA AO PSB.
Ex-ministra disse que aceita encabeçar a coligação formada pelo partido,
além de PPS, PPL, PRP, PHS e Rede.
São Paulo. A
ex-ministra do Meio Ambiente e candidata à Vice-Presidência da República Marina
Silva aceitou ser cabeça de chapa da coligação Unidos para o Brasil, em
substituição ao ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), que morreu
quarta-feira (13), em acidente aéreo em Santos, no litoral de São Paulo. Ontem,
o presidente do PSB, Roberto Amaral, foi à casa de Marina para saber se ela
autorizava uma consulta ao partido sobre a candidatura dela ao cargo.
Ainda faziam parte da comitiva
dois coordenadores da campanha de Campos, Carlos Siqueira e Milton Coelho, e a
deputada Luiza Erundina (PSB) estavam acompanhados de Walter Feldman (Rede
Sustentabilidade).
Sobre o futuro da coligação,
Roberto Amaral fez questão de deixar claro que qualquer decisão será
"exclusivamente partidária", o que exclui a Rede Sustentabilidade.
"Só participarão instâncias partidárias. Quem ditará a pauta é o
PSB", disse.
Segundo o líder do PSB na Câmara
dos Deputados, Beto Albuquerque (RS), a ex-ministra aceitou que seja feita a
consulta para saber se o partido concorda com sua candidatura à Presidência da
República em substituição a Campos. Beto Albuquerque confirmou que Marina disse
sim à consulta e que aceita disputar a presidência pela coligação formada pelo
PSB, PPS, PPL, PRP, PHS, além da Rede Sustentabilidade, que não tem registro.
O deputado, que está em São Paulo
acompanhando os trabalhos de identificação das vítimas do acidente aéreo de
quarta-feira, informou que foi à casa de Marina Silva na noite de quinta-feira
(14), para lhe dar um abraço e conversar sobre a necessidade de uma releitura
da campanha de Campos e de ela adotar também o discurso que vinha sendo feito
pelo ex-governador.
Para Albuquerque, não haverá
dificuldade para que os partidos da coligação aceitem a ex-ministra como cabeça
de chapa.
O presidente do PPS, deputado
Roberto Freire (SP), disse que seu partido foi o primeiro da coligação a
aconselhar que Marina fosse a substituta de Campos na corrida eleitoral.
"Marina Silva vai unir os partidos da coligação", afirmou o
parlamentar. Para ele, está havendo consenso em torno do nome dela para a
disputa. Quanto a um nome para ser o companheiro de chapa de Marina, caso seja
confirmada sua indicação, Freire acredita que "o PSB reivindique o
cargo". O mais importante agora "é consolidar a candidatura de Marina
Silva à Presidência", destacou.
A decisão final sobre quem
substituirá Eduardo Campos na disputa deverá ser tomada quarta-feira (20), em
Brasília, durante reunião do Diretório Nacional do PSB com deputados e
senadores do partido e líderes da legenda. A coligação Unidos para o Brasil tem
até o dia 23 deste mês para informar à Justiça Eleitoral o nome de seu novo
candidato à Presidência da República.
Vice
O comando do PSB descartou,
ontem, a hipótese de Renata Campos concorrer à vice na chapa do partido
encabeçada por Marina Silva. A viúva do ex-governador Eduardo Campos está
legalmente impedida de participar da corrida presidencial. Funcionária do TCE
de Pernambuco, ela teria que pedir licença caso quisesse integrar a chapa, o
que não aconteceu. Reunido na manhã de ontem, o PSB também descartou a
possibilidade de algum nome de outro partido vir a compor a chapa. Nas apostas,
cresce a chance de ser o deputado federal Beto Albuquerque (RS). Há também quem
defenda o nome do deputado mineiro Júlio Delgado, para neutralizar a simpatia
de correligionários mineiros pelo tucano Aécio Neves.
Fonte: Folhapress.
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