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Em 18 estados
Candidatos governistas dominam horário.
LEGISLAÇÃO
PARCIAL E INTENCIONAL.
Estimativa foi feita a partir dos dados que o TSE usou para calcular o
tempo dos candidatos à Presidência.
São Paulo.
Governadores em busca da reeleição, grupos de situação e herdeiros de políticos
tradicionais terão vantagem na propaganda eleitoral de rádio e TV, que começará
no próximo dia 19 de agosto.
Os candidatos governistas terão
maior fatia no palanque eletrônico em 18 dos 26 Estados e no Distrito Federal.
Programas de oposição serão maiores em nove Estados.
A estimativa foi feita a partir
dos dados de bancadas na Câmara dos Deputados que o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) usou para calcular o tempo dos candidatos à Presidência. PT, PMDB e PSD
têm as maiores bancadas.
O recordista em tempo de
propaganda no país é o candidato a governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB),
indicado pelo presidenciável Eduardo Campos (PSB) para sua sucessão.
Com uma coligação de 21 partidos,
o pessebista chegou a 10min26s 51% do bloco de 20 minutos. É o único com mais
tempo do que todos os adversários somados. Dos 17 governadores que tentam a
reeleição, 12 terão mais tempo do que os rivais. Herdeiros de políticos
tradicionais, como Lobão Filho (PMDB-MA), Helder Barbalho (PMDB-PA) e Renan
Filho (PMDB-AL), também terão vantagem na propaganda.
Em
desvantagem
Os governadores com desvantagem
para adversários são Geraldo Alckmin (PSDB-SP), Simão Jatene (PSDB-PA),
Confúcio Moura (PMDB-RO), Camilo Capiberibe (PSB-AP) e Ricardo Coutinho
(PSB-PB).
A equipe de Coutinho diz esperar
reverter a situação nas ruas. "Apostamos na força da nossa
militância", diz Fábio Maia, um dos coordenadores da campanha do
candidato.
No Pará, a coordenação de campanha
de Jatene diz que a eleição deve ser bastante polarizada, o que reduzirá o peso
do tempo de televisão. Em SP, Paulo Skaf (PMDB-SP), que nunca foi eleito para
nenhum cargo no Executivo ou Legislativo, terá mais tempo do que Alckmin (29,6%
contra 24,2% do bloco).
A busca pelo predomínio no
horário eleitoral "fez parte da estratégia do partido desde o
começo", afirma o ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho, que dirige a
coligação de Skaf.
Tempo x
tempo
Para o consultor e estrategista
eleitoral Paulo Di Vicenzi, nem sempre o predomínio no horário eleitoral
significa grande vantagem. Os desafios, diz, são dosar a exibição do candidato
"para não passar dos limites" e arcar com custos extras de produção.
Wilson Gomes, pesquisador em
comunicação e política da Universidade Federal da Bahia (UFBA), cita o exemplo
das eleições de 2012 em Salvador, quando Nelson Pelegrino (PT) tinha 13min54s
de tempo de TV, mas perdeu para ACM Neto (DEM), que somava apenas 5min24s.
"O problema é quando o
candidato acaba construindo uma imagem ruim ou desperdiça o tempo do eleitor
com videoclipes cantados", afirma o professor da UFBA.
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