O papa
Francisco fez um discurso duro contra as divisões dentro da Igreja Católica
nesta quarta-feira (27). "Em uma comunidade cristã, a divisão é um dos
pecados mais graves porque ela não é sinal da obra de Deus, mas uma obra do
diabo", falou o Pontífice na audiência geral.
"Fizemos
guerras por nossas divisões teológicas e pensamos naquela de 30 anos atrás!
Isso não é cristão. Estamos divididos também agora e devemos pedir a união de
todos os cristãos, aquela que Jesus quer, porque ele foi crucificado por
isso", ressaltou o líder da Igreja Católica, pedindo união entre os fieis.
Prosseguindo
com o sermão, Bergoglio cobrou uma atitude mais cristã, dizendo que "a
experiência nos diz que existem tantos pecados contra a unidade da Igreja. Às
vezes, nossas paróquias são locais de divisão, tristemente marcadas com inveja,
ciúmes e antipatia", destacou o Papa.
Francisco
criticou a postura de várias pessoas nas comunidades, dizendo que "se um é
eleito em uma associação, se fala mal dele. Se muda a presidente da catequese,
se fofoca contra ela. Mas, isso não é Igreja, não se deve fazer". Ele
ressaltou que "não é para vocês cortarem a língua, mas pedir ao Senhor a
graça de não fazer isso: isso é humano, mas não cristão".
O líder
católico afirmou que esse tipo de comportamento ocorre quando "nos
colocamos em primeiro lugar, quando olhamos só para o sucesso pessoal e
julgamos os outros". O Pontífice concluiu a mensagem pedindo aos fieis que
"façam ressoar em nossos corações estas palavras de Jesus:
'bem-aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de
Deus'".
O
discurso de Francisco também vai ao encontro das divisões no Vaticano, que é a
provável causa da renúncia de seu antecessor, o papa emérito Bento XVI.
Bergoglio enfrenta resistência de setores mais tradicionais da Igreja Católica
por encarar "tabus", como a pedofilia.
Fonte: Agência ANSA.
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