quinta-feira, 28 de agosto de 2014

ECONOMIA INTERIOR/EXTERIOR

 DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL SOBE 2,37% NO 1º SEMESTRE.

Até abril, o estoque da dívida vinha em trajetória de queda com o resgate líquidos de papéis.

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Fernando Garrido, disse que o estoque e todos os demais indicadores da dívida devem terminar o ano dentro das bandas do Plano Anual de Financiamento (PAF).

A menor emissão em julho e o menor volume no mercado secundário ocorreram em função da Copa da Mundo.

"Durante a Copa a gente observou uma queda no volume negociado de títulos, mas já era previsto", afirmou.

O técnico ainda afirmou que as taxas flutuaram em julho, mas que a tendência é de queda. A taxa média negociada no leilão de 3 de julho, para NTN-B 2018, foi 11,99% ao ano.

No leilão de 21 de agosto, esse mesmo título foi negociado a 11,80% ao ano.

"Temos visto uma ligeira tendência de queda", disse.
"O mercado entende que a possibilidade de aumento de taxas de juros está menor até 2018. Estão prevendo taxas menores", justificou.

Questionado sobre o impacto das eleições no mercado de títulos, Garrido afirmou que é difícil dizer qual é o peso de cada fator.

Ele ressaltou que o estoque da DPF, em termos de composição, teve vencimento grande de prefixados por ser "cabeça de trimestre".

Ainda assim, ele ponderou que as estimativas continuam dentro do PAF e que as expectativas serão alcançadas.

"Todos estão bem próximos das bandas previstas para o fim do ano, estimativas serão cumpridas", disse em relação às metas do PAF.

O coordenador-geral do Tesouro Nacional explicou também que os investidores não residentes aumentaram sua participação na dívida pública brasileira.

Segundo ele, os R$ 385 bilhões na carteira de não residentes é o maior volume já registrado pelo Tesouro Nacional. Garrido disse ainda que a participação de 18,5% em relação ao total de detentores da dívida pública é a maior para investidores estrangeiros.

Tesouro Direto.

Garrido relatou também que em julho de 2014 teve aumento de 6.333 novos investidores no Tesouro Direto e que esse foi o segundo maior número da série, desde 2002, quando foi lançado o programa. O único mês superior a esse valor foi janeiro de 2012.

"Isso é consequência da atratividade do programa, do bom momento para compra de títulos públicos em função das elevadas taxas de rentabilidade para o investidor", avaliou Garrido.
Tivemos também volume expressivo de compras.
De janeiro a julho foram emitidos mais de R$ 3 bilhões no Tesouro Direto.

Garrido, afirmou que o órgão tem identificado grande interesse por título de médio e longo prazo, tanto no Tesouro Direto quanto nos leilões. "Os investidores acreditam que é mais vantajoso comprar título mais longo", disse.

Ele ponderou, no entanto, que o Tesouro tem uma política de estimular a liquidez no mercado secundário e por isso não lança títulos mais longos do que tem emitido atualmente.

"Aquele investidor que compraria o título de 20 anos deixaria de comprar o de 10 anos. Seria um volume tão inexpressivo e o Tesouro prefere concentrar em uma maturação só", observou garrido.

Ainda segundo ele, os prazos de 7 e 10 anos de prefixados são os pontos de referência de médio e longo prazo para o Tesouro Nacional.

Fonte: Agência Brasil.


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